VITRUM 2013 termina com bons negócios e forte networking

VITRUM 2013 termina com bons negócios e forte networking

Capa: VITRUM 2013 termina com bons negócios e forte networking

Milão, 28/10/2013 – No mais importante centro de negócios da Itália, o tempo cinza e chuvoso presente durante toda a semana que passou terminou antes do final da feira.  O último dia da VITRUM 2013 foi de sol e céu azul. Nos corredores, o clima se parecia com o dia lá fora. Tempo aberto e uma certa alegria no ar. O motivo: menos visitantes do que o esperado, porém, muitos negócios realizados nos estandes dos mais de 300 expositores de vários países.

A Vidro Impresso falou com grande parte do grupo de brasileiros que ainda circulava pelo trade show ou que visitava o estande da revista, único expositor brasileiro na feira. Com certeza, o pavilhão 24 foi o mais animado, pelo mix de etnias e culturas que por lá circulou. Gente tentando se comunicar em italiano, inglês, espanhol, russo, árabe, chinês e, claro, português.

Apesar do consenso geral entre os entrevistados, de que a exposição não trouxe muita novidade, também foi consenso que o evento continua sendo um excelente meio de se fazer networking da melhor qualidade. Com o propósito de divulgar a Vitech trade show, a executiva Bia Perdigão achou a feira perfeita para se fazer relacionamento. “Na correria de São Paulo, o pessoal do setor vidreiro quase não se encontra. Aqui na feira, nos vemos todos os dias, viajamos juntos etc.”, justifica.

O presidente nacional da ANAVIDRO (Associação Nacional de Vidraçarias), José Miguel, também acha que para os brasileiros presentes ao evento, o momento foi mais positivo para networking que para negócios, em função da VITRUM ser uma feira muito técnica, com foco maior na indústria do que no consumo. “Faltou, por exemplo, mais espaço no que diz respeito a soluções em arquitetura, para o produto instalado, enfim, para a parte de consumo”, destaca Miguel. Já o gerente comercial da Vivix, Danilo Gatto, viu alguns pontos muito positivos no evento deste ano, mas também concorda que não se pode esperar muito mais, por ele ser bem focado em equipamentos. “Apesar disso, ainda acho a VITRUM melhor que a da Alemanha”, afirma.

 

Como fornecedores de máquinas e equipamentos para vidro, a Agmaq esteve representada na VITRUM pelo seu diretor comercial, Gabriel de Andrade. O executivo acredita que em breve a feira poderá transformar-se em um evento regional, caso não apresente mais facilidades de participação para o potencial expositor estrangeiro; e mais investimento em desenvolvimento de novos produtos por parte dos fabricantes. “Nosso objetivo é perceber as tendências do mercado e onde está havendo mais investimentos”, conclui Gabriel.

 

Equipe Agmaq na Vitrum. Thiago de Andrade (esquerda), Joel Martins e Gabriel de Andrade, diretor comercial

 

 

Parceria e foco no cliente

Na opinião de muitos executivos, a VITRUM 2013 termina deixando a impressão de que, apesar de pouca inovação, bons negócios foram feitos, graças a iniciativas de parceria e de atenção aos clientes presentes à feira. “Dentro dos estandes os negócios estão fluindo”, observa Daniel Leicand, diretor executivo da ABRASIPA, Sistemas de Recuperação de Vidro. Atuando no ramo dos rebolos, Leicand acha que este ano a feira está melhor que a última e vê claramente evolução no que tem sido apresentado nos estandes.

Para o diretor da Gusmão Representações, Yveraldo Gusmão, a Vitrum também esteve melhor este ano, em termos de negócios. O executivo ressalta o foco das empresas as quais ele representa, na parceria e no bom atendimento ao cliente. “Durante a semana, organizamos visitas técnicas para os nossos clientes às empresas, para verem de perto como são feitos os produtos que eles compram, com todas as suas peculiaridades”, explica Gusmão.  Esta iniciativa também foi incorporada por uma das maiores protagonistas do setor de máquinas de processamento de vidros planos, a LISEC. Segundo o diretor para Brasil, Luis Garcia, a multinacional austríaca levou clientes que estavam na feira para visitação da empresa e, em seu estande, apresentou, entre outros produtos, uma mesa de corte com diferenciais em termos de performance e custos para os brasileiros. Seguindo a mesma iniciativa, a fabricante de maquinário para vidros, Glaston, também investiu em relacionamento com o cliente. Além de realizar visitas técnicas, promoveu, em parceria com a Vivix, um encontro de empresários brasileiros, em um dos melhores restaurantes da cidade.

 

  

Luis Garcia, diretor da LISEC no Brasil

 

No estande da Glaston, demonstração de equipamentos e foco no relacionamento com o cliente

Visitando a VITRUM pela primeira vez, a gerente comercial da Glasspeças, Denise Fonseca, aproveitou a oportunidade para conhecer novos produtos e as tendências do mercado internacional de ferragens para vidros temperados. “É importante agregar conhecimento sobre o setor, para ganhar vantagem competitiva”, justifica Denise. “No Brasil, temos cerca de 12 concorrentes. Aqui, pude conhecer pelo menos umas cinco empresas do mesmo segmento, mas que fabricam linhas de produtos que eu nunca havia visto e que podem acrescentar ao nosso negócio”, completa.

 

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