Vidro metálico é processado como se fosse plástico

Vidro metálico é processado como se fosse plástico

Capa: Vidro metálico é processado como se fosse plástico

 

Esses materiais  (vidro metálico)  são mais fortes do que o aço ou o titânio, o que torna os vidros metálicos adequados para um grande número de aplicações, de telefones celulares a peças de aviões.O problema é que, como geralmente acontece com materiais de alta tecnologia, os vidros metálicos ainda são caros.

O que os engenheiros descobriram foi como processar os vidros metálicos usando os mesmos processos usados para processar plásticos.

 

 

 

Paradigma da metalurgia

A nova técnica permite aquecer um pedaço de vidro metálico a uma velocidade extremamente elevada, e então moldá-lo no formato desejado – tudo em alguns milissegundos.

“Nós redefinimos a forma como se pode processar metais,” afirmou William Johnson, coordenador do trabalho. “Esta é uma mudança de paradigma em metalurgia.”

De fato, os engenheiros pegaram a técnica de processamento de plástico e a utilizaram em um material que é 20 vezes mais forte do que o plástico, o vidro metálico.
Para fazer as peças de vidro metálico é necessário aquecer o material até que ele atinja sua fase de transição vítrea, a cerca de 500 a 600 º C. O material amolece e torna-se um líquido espesso, que pode ser moldado e perfilado.Neste estado líquido, os átomos tendem a organizar-se espontaneamente para formar cristais. Assim, é necessário resfriar o material rapidamente, para que ele endureça novamente antes de seus átomos terem tempo suficiente para formar cristais.Ao evitar a cristalização, o material mantém a sua estrutura amorfa, como um vidro, que é o que o torna forte.O problema é que a recristalização dos vidros metálicos ocorre muito rapidamente, ao contrário dos plásticos e dos vidros comuns, que podem levar horas.

 

Aquecimento ôhmico

Os pesquisadores descobriram que, sendo rápidos o suficiente, eles podem aquecer o vidro metálico até um estado fluido o suficiente para injetá-lo em um molde, onde ele se resfria sem se cristalizar.Isso foi feito por uma técnica chamada aquecimento ôhmico, em que um pulso elétrico dispara uma energia superior a 1.000 joules em cerca de 1 milissegundo – algo como um 1 megawatt de potência.A peça fica pronta em 10 milissegundos.

A técnica foi testada em escala de laboratório e, por enquanto, produz apenas peças pequenas.Agora que demonstraram que o conceito funciona, os engenheiros planejam desenvolver equipamentos para fabricar peças maiores.

 

Para mais informações, CLIQUE AQUI.

 

 

FONTE: IT