O vidro impresso é diferenciado por possuir a impressão de desenhos em sua face, cuja finalidade, além de decorar por meio das texturas, cores e espessuras, é manter a privacidade nos ambientes. Durante sua fabricação, é possível deixá-lo mais translúcido ou mais transparente. Podem ser aplicados a ele todos os processos de beneficiamento: têmpera, laminação, curvamento, lapidação, entre outros. Estima-se que a produção total de vidro impresso no Brasil esteja em
torno de 14 milhões de m2.
As duas empresas fabricantes, União Brasileira de Vidros (UBV) e a Saint-Gobain, investem e esperam crescer neste ano. A coordenadora de marketing da Saint-Gobain Glass, Katia Sugimura, conta que, nos últimos anos, o mercado do vidro impresso passou por grandes transformações. Por meio de novas tecnologias de fabricação e beneficiamento, esse produto está cada vez mais presente em nova aplicações, como pisos de vidro, guarda-corpos e até grandes fachadas de edifícios. “Temos investido em novas texturas que oferecem opções ao consumidor final em termos de design e sofisticação.
Em 2009, reformamos nosso forno e isso nos possibilitará aumentar a capacidade produtiva. Nossas expectativas para 2010 são otimistas. Acreditamos que esse mercado crescerá ao longo do ano”, diz. A empresa não revelou o montante investido.
No mesmo clima está a UBV, que investiu R$ 70 milhões em um novo forno de fusão de vidro, o que ampliou sua capacidade de produção em 20%, para 240 toneladas por dia, em 2009. O faturamento da empresa no ano passado foi de R$ 109 milhões, crescimento de 6% em relação a 2008. A empresa planeja crescer 10% no faturamento deste ano e 5% em volume. A informação é da gestora de produtos Caroline Sanchez.
Oportunidade de negócios
O programa Minha Casa, Minha Vida e suas boas perspectivas levaram a UBV a ampliar a capacidade produtiva voltada a produtos mais baratos. A empresa estuda a reativação de um forno de fusão no final deste ano ou no início do próximo. O investimento, de menos de uma dezena de milhões de reais, permitiria
ampliar a capacidade de produção diária das atuais 240 toneladas para 345 toneladas.
O presidente da UBV, Sérgio Minerbo, explica que a princípio o cenário é otimista. Mas, como uma vez colocado em funcionamento, um forno de fusão de vidro não pode ser desligado da noite para o dia, a UBV precisa ter certeza da demanda para seus produtos, em especial para sua linha de vidros populares, lançada em maio passado. A ideia da UBV é se aproximar de construtoras e fornecedores de conjuntos modulares para construção. Nesse caso, fabricantes de janelas e portas prontas para instalação.
Atualmente, os principais contatos de sua área comercial são grandes empresas distribuidoras de vidros. Através do estreitamento de relações com os elos finais da cadeia de produção, a UBV espera garantir que seus produtos entrem na lista de materiais especificados por grandes construtoras a seus fornecedores.
Em relação a novas texturas, o último lançamento da UBV foi o Vidro Estriado lançado no final de 2008, que surgiu da necessidade de ter no mercado um vidro que proporcionasse privacidade total, ou seja, que não permitisse qualquer visibilidade. A Saint-Gobain Glass afirma realizar constantes estudos da evolução do mercado e diz estar preparada para atender a suas novas necessidades nos próximos anos.
A empresa se dedica ao desenvolvimento de novas texturas como o recém-lançado SGG NUAGE®. Com desenho que lembra a neblina, a nova opção compõe ambientes sofisticados e personalizados, graças à massa de vidro extremamente clara utilizada em sua fabricação e à textura suave, no ponto ideal entre a opacidade e a transparência.