Para fazer o cálculo de espessura do vidro correto para cada projeto é preciso levar em consideração vários fatores, como tamanho da chapa, tipo de vidro, pesos e esforços, forma de fixação e outros influenciadores como a força do vento, diferente para cada região. Para auxiliar nesta conta, existem softwares, como os oferecidos pelas empresas PKO e Cebrace, e a norma NBR 7199 – Vidros na construção civil — Projeto, execução e aplicações orienta como este cálculo é feito para cada tipo de vidro.
A norma passou por uma revisão em 2016 e o novo texto trouxe uma metodologia de cálculo para a espessura do vidro com um passo a passo para a operação, buscando tornar a linguagem mais clara. Entretanto, para Sergio Koloszuk, diretor comercial da Alclean, continua sendo de difícil compreensão por grande parte dos vidraceiros, pois os cálculos de espessura do vidro são explicados em uma linguagem técnica, utilizada por engenheiros.
“As contas são incompreensíveis para 98% dos vidraceiros, que acabam não utilizando porque não sabem como fazer. É confusa a forma como é estruturada e os vidraceiros têm que consultar um engenheiro ou acabam indo na base do achismo, onde mora o perigo”. Na opinião de Koloszuk, a norma tem que permitir que qualquer pessoa possa entender e fazer o cálculo, sendo acessível não somente para o vidraceiro, mas também para leigos, porque se o público consumidor não entende, não tem como exigir o correto.
O motivo é que as normas foram escritas sem a presença do vidraceiro, mas hoje essa situação vem mudando com a maior disseminação das informações e das reuniões de revisão e elaboração das normas de forma remota, permitindo a participação de profissionais de todo país. “Quando todos não participam, ocorrem distorções”, ressalta. O diretor da Alclean diz ainda que a norma, nesta parte de cálculo, dá muito zig zag, precisa ficar indo e voltando, pulando páginas, não segue uma sequência linear.
Além da linguagem muito técnica do cálculo de espessura do vidro, também há outras questões que podem ser melhoradas. “A norma precisa ser revista, primeiramente, porque há falhas e está incompleta, como no caso dos vidros autoportantes, sobre os quais não há explicação para os cálculos.