Nesta modalidade, o profissional pode montar um escritório em sua própria casa, divulgar seu trabalho pela internet e se cadastrar como um microempreendedor individual*. “Se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) pode ser uma boa saída para quem quer começar com um baixo investimento. Escolher a casa como endereço comercial também é uma saída, desde que seja permitido exercer a atividade na residência”, afirma o Sebrae.
Ricardo Câmara, profissional do mercado vidreiro há mais 20 anos, diz que não é necessário ter uma loja física para exercer a atividade e lembra que quando tinha uma vidraçaria os clientes que mais consumiam nem iam no local, que tinha um aluguel caríssimo. “Existe uma grande ilusão de que para vender vidro precisa abrir loja. Tem que crescer aos poucos. Não precisa estar dentro de um conceito para estar legalizado. Basta ter bom site, planejamento de marketing, carro e o que está no padrão da realidade para não se enrolar. Tem que criar músculo para crescer de forma sustentável”. O instrutor ressalta que, se não pode fazer tudo, mais vale investir em conhecimento, do que em uma loja bonita. “As informações que passa ao cliente é que trazem credibilidade. Conhecimento técnico vende, o cliente só quer que resolva o problema dele”.
*Para se formalizar como MEI basta entrar no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br) e se cadastrar. O CNPJ é emitido na hora. A única despesa mensal é 5% do salário mínimo e mais R$ 1 de ICMS ou R$ 5 de ISS, dependendo da atividade exercida. A contribuição é paga em um único boleto, que cobre todos os tributos e dá direito a benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade etc. O MEI tem que faturar até R$ 60 mil por ano, exercer uma das mais de 400 atividades permitidas e pode ter no máximo um funcionário que ganhe até um salário mínimo.