Transporte nas alturas

Transporte nas alturas

Fundada há pouco mais de oito anos, a empresa nasceu como prestadora de serviços no segmento de venda e locação de equipamentos, especializada em movimentação de cargas, transportes especiais, remoções técnicas e industriais.

 

“Identificamos um cenário deficiente em equipamentos dessa categoria, além de um alto custo apresentado pela cadeia de instalação e transporte vertical, tanto de vidros e painéis unitizados em alumínio como de outros acabamentos pesados em fachadas comerciais especiais características dos grandes empreendimentos atuais”, comenta o engenheiro Jefferson Candeo, diretor comercial e sócio-fundador da Guindaste Aranha.

 

Segundo ele, tais empreendimentos sempre pagaram caro pelo processo de locação, montagem de pórticos e encordoamentos, como vias, treliças talhas e GW, e raramente contavam com serviços ágeis e um cronograma confiável. Foi ao identificar esta lacuna que a Guindaste Aranha se lançou no trading de importação de equipamentos para a construção civil. “Os equipamentos que importávamos inicialmente eram geradores e torres de iluminação”, conta Candeo.

 

“A partir daí, firmamos nossas primeiras parcerias, com a Luxalum Esquadrias Especiais, em São Paulo, e com o Grupo Paris, no Rio de Janeiro, líderes no segmento de fachadas e vidros especiais e pioneiros em investimentos inovadores e auto-suficientes quanto ao processo de instalação e verticalização de fachadas”, lembra Candeo. “Foram parceiros fundamentais, que nos apoiaram em relação ao uso bem sucedido e planejado de nossa linha de produtos”, ressalta o engenheiro.

 

Segura de sua aposta no segmento, poucos anos depois a Guindaste Aranha já garantia seu espaço no mercado nacional, passando de uma empresa de pequeno porte e pouca expressão à posição de líder em vendas, assistência técnica, treinamento e locação de equipamentos em todo o País. “ Nossa media anual de vendas saltou de 20 para 100 equipamentos comercializados, somados às atuais 20 unidades que compõem nossa frota de locação”, revela o diretor. 

 

Em seus oito anos de percurso, a empresa tornou-se pioneira em soluções de içamento, trazendo para o Brasil o que há de mais avançado nesse campo. Atenta às tendências internacionais, passou a atuar como representante de marcas consolidadas nos cenários europeu e asiático, como a italiana Kegiom Lifting, a dinamarquesa Intellitech e a chinesa Glassil. “Nossa estratégia comercial tem sido amparada por viagens técnicas internacionais constantes, para que as decisões de importação e transformação sejam sempre pautadas por ampla pesquisa e, sobretudo, em função da cadeia de valor e de know how global, procurando usar mão de obra nacional para aprimorar, adaptar e ‘tropicalizar’ soluções de acordo com as necessidades específicas do País”, diz Candeo.

 

Além de ter se especializado na instalação e transporte vertical em fachadas, pisos e lajes elevadas, a Guindaste Aranha também oferece soluções específicas para a movimentação de cargas em locais confinados e de difícil acesso. É o caso, por exemplo, de grandes edifícios e shoppings comerciais que, na fase de acabamento, não podem mais contar com gruas e guindastes. “Nessa etapa da obra, o máximo que dá para usar é um elevador de cremalheira, para o transporte de cargas de andar em andar.” 

 

 

Apostas e desafios

 

Entre as estratégias para se fortalecer no mercado, a empresa tem apostado em Infraestrutura de ponta, associada a uma equipe altamente treinada, prestação de serviços autorizados e revendas regionais, manutenção de uma frota de caminhões plataforma e carretas, além de motos para garantir um serviço de atendimento e pós-venda ágil e eficiente. “Ao investir em um equipamento importado, de alto valor agregado e origem confiável como são os de nossa linha, o cliente espera também a garantia de um pós-venda impecável e condizente com os padrões do fabricante”, diz Candeo. Para ele, outro diferencial que se tornou estratégico é atuação da empresa como distribuidora exclusiva. “Isso nos leva a buscar evolução constante em um atendimento de qualidade e personalizado. Como resultado, hoje temos clientes com mais de dez mini guindastes de nossa linha em sua frota própria, devidamente assistidos por nossa equipe.”

 

Os últimos investimentos da empresa concentraram-se na aquisição de uma nova sede, em edifício próprio, na qual foi instalado um laboratório de assistência técnica online, equipado com tecnologias similares às da fábrica da Kegiom na Itália, e que dispõe de técnicos e instrutores treinados na unidade italiana. “Além de tecnicamente capacitados na área, nossos colaboradores são treinados para serem bons ouvintes, entenderem e estudarem cuidadosamente a necessidade das obras e projetos atendidos, para oferecer a melhor solução para cada caso, ainda que para isso tenhamos que sacrificar nossas margens e metas de market share. Essa filosofia tem sido determinante para a evolução de nossos negócios”, afirma Candeo. 

 

Entre os desafios para se consolidar no segmento, ele cita as dificuldades para atender às exigências da legislação tributária e aduaneira adotada no Brasil. “A política de comércio exterior brasileira nos submeteu a um longo processo de adequação. Infelizmente, os encargos financeiros e taxas alfandegárias, aliados ao alto custo de um sistema de transporte obsoleto, ainda fazem parte da rotina de nosso negócio”, comenta o empresário.

 

Os últimos lançamentos da Guindaste Aranha incluem mini gruas para manipulação e instalação de painéis unitizados e vidros de até 200 kg e 4,5 m de altura e um cesto aéreo que permite que o mini guindaste aranha seja usado em funções de içamento e instalação, como plataforma aérea auto propelida.

 

Para os próximos anos, a premissa é não parar de investir. “Sentimos certo impacto nas vendas, resultado do período nebuloso por que passa a economia nacional. Mas o empresariado brasileiro sabe que não pode parar de investir em tecnologia e maquinários que dinamizem os acessos, a logística e as instalações. É imprescindível também investir em qualificação profissional, para reverter o apagão de mão de obra vivido atualmente pela indústria e pelo mercado da construção. Momentos de crise são os mais indicados para nos reinventarmos e transformarmos os processos, enxugando custos operacionais e criando bases para fazer frente à concorrência”, conclui o executivo.