Com um mix de produtos aptos a atender 90% de todos os processos que envolvem o beneficiamento do vidro plano no Brasil, a Agmaq completa 25 anos de atuação em posição de destaque no mercado nacional e projeta para 2013 um cenário de forte expansão de sua capacidade produtiva, para acompanhar o crescimento do País. Especializada nos segmentos de máquinas para processamento do vidro e de equipamentos para logística, a empresa consolida-se entre os maiores fabricantes nacionais do ramo, atendendo desde o pequeno vidraceiro até as grandes fábricas. “Nos últimos 12 anos, a Agmaq se apoiou no desenvolvimento de máquinas de qualidade e confiabilidade, tendo apresentado crescimento acima da média do mercado. Para isso, foram necessários investimentos pesados em estrutura física e pessoal”, destaca o diretor da empresa Gabriel Andrade. “Dispomos atualmente de 11 mil m² de fábrica e contamos com uma estrutura pronta a atender o mercado em todas as suas necessidades.”
Com modelo de negócios estruturado em duas unidades, uma voltada para logística e outra para o beneficiamento, a empresa vê o Brasil como um seleiro de oportunidades, e por isso investe na construção de uma nova fábrica, que deverá unir as três plantas já existentes, instaladas em pontos distintos de Ribeirão Preto. “Vemos o Brasil como um País em construção”, diz Andrade. “Se analisarmos todos os Estados brasileiros teremos 3 ou 4 que possuem uma estrutura mediana para a população – estradas, hospitais, moradia, portos, rede hoteleira, local para eventos, turismo, etc. Para a grande maioria dos Estados essa estrutura tem que ser construída.”
As linhas da Agmaq dividem-se em Agmaq Logística, na qual são fabricados todos os tipos de equipamentos para movimentação e armazenamento do vidro, como carrinhos, cavaletes, paliteiros, caçambas, gabinetes, estaleiros, balancim, pinças, grabes etc., e a Agmaq Máquinas, encarregada da fabricação de equipamentos para processamento e beneficiamento, incluindo mesas de corte utomáticas e manuais, carregadores, mesas de destaque, lavadoras, fornos de curvatura etc. “No segmento de logística somos líderes no Brasil. Já com relação aos maquinários, somos líderes em algumas linhas, como as lavadoras, por exemplo. No caso de outros equipamentos, como carregadores, mesas de corte automático e linha de laminados, estamos com nossa produção 100% tomada e por isso investimos no aumento de nossa capacidade produtiva,” afirma Andrade.
Fundada em 1987, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a Agmaq iniciou sua atuação atendendo aos setores de caldeiraria e serralheria. Somente nove anos mais tarde é que a empresa viria a identificar as oportunidades que se apresentavam no segmento vidreiro, quando foram montadas as primeiras mesas de corte manual de vidros, equipamento que a levaria à posição de liderança nacional algum tempo depois. “O ramo vidreiro no Brasil é um setor que se desenvolveu de 15 a 20 anos para cá, não havia estrutura nenhuma na área”, diz Andrade. E acrescenta: “A Agmaq surgiu da necessidade do mercado brasileiro de contar com uma empresa nacional fabricante de máquinas e equipamentos de logística que entregasse qualidade e confiabilidade.”
No mesmo ano a empresa iniciou a fabricação de equipamentos para montagem, estocagem e movimentação do vidro plano. Em 1999 veio a primeira participação na Glass South America, iniciativa responsável por projetar a Agmaq no segmento, para atender clientes de todo o Brasil e da América do Sul. “Nossa filosofi a sempre foi a de apresentar novidades ao mercado a cada ano, e assim seguimos até 2012, em que os destaques foram os lançamentos das lapidadoras copo de 8, 10, 13 e 14 rebolos, projetadas para trabalhar com alto acabamento e produtividade”, ressalta Andrade.
Galpão em Ribeirão Preto interior de São Paulo
Tecnologia “made in Brazil”
O ciclo de inovações tecnológicas da Agmaq teve início em 2003, ano em que a empresa criou o maior departamento nacional de engenharia para fabricação de máquinas, por meio do qual foi desenvolvida sua linha de lavadoras horizontais. “A primeira coisa que fizemos foi investir pesado para termos uma indústria com capacidade para fabricar produtos com a mesma qualidade das melhores indústrias mundiais”, salienta Andrade. De lá para cá, a empresa trouxe ao mercado sucessivos lançamentos de fabricação nacional, como o forno de curvatura para alta produção e baixo consumo, em 204, o carregador automático para a linha de corte, em 2005, e a linha de pontes rolantes para movimentação de vidros, em 2006. Em 2007, lembra Andrade, uma sucessão de altos investimentos em tecnologia e infraestrutura deu suporte ao desenvolvimento da linha de lavadoras verticais e, na sequência, da linha de laminação de PVB. “Somos uma das poucas fabricantes do mundo que produzem todas as máquinas que compõem a linha de laminado PVB, com exceção de autoclaves”, ressalta o diretor.
Atenta à crescente necessidade do mercado de adotar políticas de redução de custos e preservação do meio ambiente, a empresa desenvolveu no ano passado o System Low Energy, sistema capaz de reduzir em até 40% o consumo de energia. A chegada ao Brasil de projetos internacionais arrojados e complexos, que demandam aplicação de chapas de dimensões cada vez maiores, levou a empresa a investir no lançamento de uma nova linha de corte automático com carregador para vidro jumbo. “O vidro jumbo traz grande benefício para a indústria de processamento. Investimos em tecnologia para fabricação dessas linhas e simultaneamente projetamos lapidadoras copos para peças maiores, de 3,21 m x 6,10 m”, diz Andrade. Ele ressalta que as linhas foram desenvolvidas sob o conceito de “projeto aberto”, possibilitando o acesso a peças de reposição diretamente na Agmaq ou em qualquer distribuidor dos componentes utilizados na máquina, de marcas como Siemens, Weg e Schneider.
Para Andrade, produzir internamente é importante não somente para abastecer a economia com riquezas que ficarão no próprio País, mas também para construir uma base de fabricantes e fornecedores nacionais, levando nossa indústria de máquinas a acompanhar o mercado e identifi cando sua real necessidade.
“Somos competitivos porque oferecemos qualidade similar ou até superior à de produtos fabricados no exterior”, diz o executivo. “Por outro lado, nos diferenciamos por projetarmos equipamentos inspirados no perfil do mercado brasileiro, voltados para os operadores de máquinas no Brasil, e com manutenção simples, rápida e objetiva. Dispomos de uma estrutura de técnicos que permite essa agilidade.”
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