Os 12 mil visitantes que percorreram os estandes da Glass South America 2012, evento realizado no mês de maio que ocupou três pavilhões do Transamérica Expo Center, em São Paulo, tiveram sua atenção fi sgada por um desfi le de modernos fornos de têmpera, com avançadas e complexas funcionalidades. No Brasil, são mais de 300 equipamentos instalados, entre versões verticais e horizontais, e esse número não para de crescer.
“No cenário atual, montar uma têmpera continua a ser bom negócio, pois o mercado nacional ainda apresenta demanda crescente. Trata-se, portanto, de um investimento de retorno garantido”, avalia Kenny Liotti, diretor comercial da fabricante Lisec, que acrescenta: “No entanto, num futuro próximo, o aumento da concorrência exigirá uma oferta de produtos de maior valor agregado por parte dos temperadores”.
Já para Sandro Eduardo Henriques, diretor da SGlass, o número de têmperas de vidro cresce a cada dia pelo fato de que o vidro tem perado é e será por muito tempo um produto insubstituível se comparado a outros materiais, tanto em custo como em design, durabilidade, segurança e limpeza, entre outros aspectos. “É interessante observar, também, que o vidro temperado está substituindo outros materiais na construção civil, como ferro, alumínio, madeira e até mesmo o concreto.
Trata-se de um incentivo enorme para esse mercado”, comenta Henriques. De acordo com o diretor da SGlass, os fornos de têmpera da empresa estão em rápida e constante evolução. “Podemos dizer que em pouco tempo teremos condições de exportar não só para a América do Sul, como já acontece, mas para o mundo todo, concorrendo com outros países, principalmente os europeus, com tecnologia e qualidade similares”, afirma. A fabricante brasileira atua na produção de fornos horizontais há pouco mais de sete anos.
O mercado oferece variadas tecnologias para têmpera de vidros planos e curvos. A mais utilizada atualmente é o sistema horizontal com aquecimento por indução de calor. “Com a alta demanda e facilidade de crédito, muitos temperadores puderam se modernizar e os antigos fornos de pinças estão cada vez mais obsoletos”, afirma Kenny Liotti.
Atualmente, diz o diretor, o grande avanço tecnológico nos fornos reside na capacidade de temperar com maior efi ciência energética, menor distorção óptica e na possibilidade de processar vidros baixo emissivos (low-e). Segundo ele, a técnica horizontal é a maior responsável pela popularização do vidro temperado no mundo. “Os modelos diferem basicamente na aplicação e nas características desejadas, como dimensões, espessura e curvatura”, completa Liotti.