Soluções verdes

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Capa: Soluções verdes

A cidade de Atibaia, a 52 km da capital paulista, pela segunda vez foi palco da Feconati – Feira de Construção Sustentável. Organizada pelo Grupo Perfil, especializado na promoção de ações e soluções construtivas com impactos ambientais reduzidos, a feira apresentou produtos, dicas e cases relacionados à construção sustentável, com destaque para tecnologias de uso racional de água e energia renovável. Realizada entre os dias 28 e 31 de maio, em um espaço de 220 mil m², com 12 mil m² de exposição, na Estação Atibaia, a 600 m da Rodovia Fernão Dias, o evento recebeu cerca de 14 mil visitantes, entre engenheiros, construtores, empreiteiros, arquitetos, decoradores, estudantes, formadores de opinião e representantes de entidades, vindos de diversos estados brasileiros, além de Argentina, Chile, Cuba, Paraguai, Uruguai e Suíça.

 

Cerca de 100 expositores nacionais e internacionais expuseram seus produtos e soluções, que chegam a economizar 60% do uso de energia e materiais alternativos para construção civil. É o caso do processo construtivo com Steel Frame, da Bioarquitetura, do uso do bambu em edificações e mobiliário, dos módulos de captação de água pluvial e das soluções para geração de energias renováveis. A feira contou ainda com ciclos de palestras diárias, que abordaram temas atuais sobre sustentabilidade e inovações do setor, ministradas por entidades como Sustentech, Crea e Sebrae SP.

 

Segundo o diretor técnico da Sustentech, Marcos Casado, o Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, perdendo apenas para Estados Unidos e China. Obras certificadas já estão presentes nos 24 estados do País. “O uso racional dos recursos naturais e o emprego de materiais sustentáveis são pilares que vieram para ficar e serão essenciais para manter o meio ambiente em harmonia, atendendo a demanda do crescimento populacional”, comenta o diretor. Atualmente, são investidos no Brasil cerca de R$ 13 bilhões em construção verde. “Investir em sustentabilidade é agregar valor ao empreendimento e diminuir o custo operacional, obtendo o retorno do investimento em seis meses a um ano.”

 

Na área externa da Estação Atibaia, havia demonstrações técnicas de produtos que oferecem soluções em eficiência energética e energias renováveis. Um delas, uma pequena usina produzida pela empresa Águia, que gerou sua própria energia consumida durante os quatro dias de feira. Os painéis instalados pela Águia foram dispostos de modo a servir de abrigo a um veículo, além de converter a energia do sol em energia elétrica.

 

Destaque na mostra, a Casa Cubo é um micro-loft projetado para ser facilmente desmontado e instalado até mesmo em locais de difícil acesso 

 

Casa-Cubo

 

Outra novidade foi a recém-lançada Casa Cubo, um pequeno loft transportável, com sistemas inteligentes de economia de energia, reutilização de água, e captação de luz solar e parede verde, tudo em apenas 3×3 m². O projeto é concebido como “micro-lofts”, e seu layout com mezanino permite a distribuição de todo mobiliário necessário, garantindo o conforto de uma casa, com armários, sofá-cama, bancada com pia, frigobar e microondas, alem de um módulo com banheiro completo. O mezanino é formado por duas peças horizontais apoiadas sobre trilhos laterais nas paredes, que podem ser transformados em duas camas de solteiro ou uma cama de casal. As paredes são termo-acústicas, preenchidas com poliestireno expandido de 80 mm e revestidas externamente por jardineiras de chapa galvanizada horizontais, em que podem ser plantadas flores e ervas, formando uma “parede-verde”.

 

No teto da Casa Cubo  há placas de captação de energia solar utilizada para iluminação LED e um sistema que bombeia e rega automaticamente as plantas da “parede-verde” por micro irrigação. Moderna e marcante, a fachada é composta em grande parte por janelas e painéis de vidro reforçado (6mm), que são cobertos internamente por cortinas black-out e aproveitam a luminosidade e incorporam a paisagem do ambiente externo sem abrir mão do conforto e privacidade.

 

Os painéis e estruturas dos módulos são produzidos em alumínio, que apesar de ser um material mais caro que steel-frame (cimento e madeira), gera estruturas leves e duráveis, que não oxidam nem enferrujam ao longo do tempo, mesmo em ambientes expostos a maresia e umidade. Projetadas para serem facilmente transportadas, as Casas-Cubo viajam desmontadas até seu destino e podem ser facilmente montadas e instaladas até mesmo em locais de difícil acesso, podendo também ser reposicionadas ou guardadas, ocupando pouco espaço.