A ABNT NBR 10.821, que abrange a cadeia produtiva de esquadrias de alumínio, PVC e aço, passou por um processo de revisão, concluído em fevereiro de 2017, que modificou a estrutura do texto, transformando as diversas normas que regulam a produção das portas e janelas em uma única norma.
A Norma 10.821 passou a ter mais de cinco partes, nos moldes da Norma ISO e da Norma de Desempenho das Edificações – ABNT NBR 15575: Parte -1 – Terminologia/ Parte – 2 Requisitos e Classificação/ Parte -3 – Métodos de Ensaio/ Parte-4 – Requisitos de Desempenho adicionais (acústica e conforto térmico)/ Parte – 5 – Instalação e Manutenção. As principais novidades da revisão ficam por conta da criação dos itens 4 e 5, que não constavam da última revisão feita em 2011 e que tratam de Requisitos Adicionais de Desempenho, com a inserção de desempenho térmico e acústico, e Instalação e Manutenção de Esquadrias. Antonio Antunes, presidente da Afeal (Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio), acrescenta que outras partes estão sendo estudadas pela comissão de estudos como a Parte – 6 – Portas internas, a Parte-7 – Fachadas/sistemas construtivos e mais partes sobre projetos, vida útil, entre outras.
“A NBR 10.821-4 apresenta a tabela e a etiqueta que estabelece os parâmetros de classes de desempenho acústico das esquadrias. Para se obter tais classificações, estes produtos devem passar por ensaios laboratoriais onde serão constatados os níveis de desempenho acústico que produto pode atingir. O objetivo é determinar condições para avaliar quais os níveis aceitáveis de ruído ambiente nos respectivos recintos de uma edificação”, afirma Antunes. Outro ponto importante foi a inclusão da tabela que estabelece os desempenhos mínimos (M).
A esquadria pode ainda atender aos níveis Intermediário (I) e Superior (S), conforme exigência do usuário em satisfazer uma melhor estanqueidade à água, conforto térmico e até acústico da respectiva norma. As resistências às operações de manuseio também foram analisadas onde o item de manutenção da segurança durante os ensaios de resistência às operações de manuseio avaliam a ocorrência ou não de ruptura e queda em componentes da esquadria. “As mudanças importantes, a começar pelo título da norma que passou a ser ABNT NBR 10821 – Esquadrias Externas para Edificações, estão contribuindo para a qualidade e a orientação das construtoras e dos consumidores, atendendo às novas necessidades do setor.
A norma hoje estabelece critérios de desempenho e a parte 5 da NBR -10821– Instalação e Manutenção, estabelece as condições adequadas de instalação e manutenção de tal forma a garantir o desempenho exigível de esquadrias para edificações, independente do tipo de material, ou seja deixam de ser prescritivas”, finaliza.