Aplicado há cerca de 20 anos em guarda-corpos, o vidro está cada vez mais presente neste tipo de proteção. O aumento na segurança e confiança do vidro, assim como a evolução das técnicas e materiais de fixação, contribuíram para esta tendência. “Nos últimos cinco anos sua aplicação se intensificou ainda mais em função do surgimento de empresas especializadas em ferragens para esse tipo de aplicação, com peças de grande qualidade, beleza e resistência”, destaca Wagner Gerone, consultor e professor no mercado vidreiro.
O estabelecimento de normas técnicas, a execução de testes em laboratórios e o aumento da preocupação dos fabricantes, tanto em relação ao vidro laminado quanto ao PVB utilizado na laminação, tem contribuído para o crescimento da confiança do público nesta solução. “Certamente a tecnologia na confecção de vidros tem contribuído para um maior sentimento de segurança”, ressalta Martin Mittelstaedt, Diretor Operacional da Q-railing Brasil.
“Certamente a tecnologia na confecção de vidros tem contribuído para um maior sentimento de segurança”
– Martin Mittelstaedt, Diretor Operacional da Q-railing Brasil
Os guarda-corpos estruturais de vidro hoje são aplicados nas mais diversas frentes, tais como metrô, aeroportos e estádios, varandas de apartamentos e casas, átrios de shoppings centers, escadas de edifícios comerciais e públicos, mezaninos de teatros, entre outras. “A maioria dos projetos mais atuais opta pelo uso do vidro por conta de sua aparência estética leve e, em alguns casos, porque sua transparência pouco irá interferir no conceito da arquitetura”, define Rebeca Andrade, arquiteta especialista na área de Especificação Técnica da PKO do Brasil.
Outro fator que tem favorecido o aumento de sua aplicação é que quanto mais o vidro e seus componentes são comercializados, mais acessíveis eles ficam, elevando ainda mais com o consumo. “O aumento da oferta reduziu substancialmente os preços ofertados no mercado. O vidro laminado, que antes era considerado um produto caro, hoje pode ser quase que equiparado ao preço de um vidro temperado. Além disto, projetos referência têm inspirado projetistas e até o consumidor final a aplicar o produto em sua obra”, conclui Rebeca.
Posto salva-vidas de resort à beira-mar recebeu é circundada por uma balaustrada de aço inox com preenchimentos de vidro, que foram fixados por presilhas para vidro
“A tendência são vidros com o mínimo de fixação, instalados apenas com botões, prolongadores, torres e perfis de engastamento somente na borda inferior, utilizando o vidro laminado-temperado para esta solução. Assim, temos o máximo de transparência e o mínimo de interferência visual de estruturas de alumínio e maior integração com a paisagem”
– Rebeca Andrade, arquiteta especialista na área de Especifi cação Técnica da PKO do Brasil
Mínima interferência e máxima transparência
Existe uma clara tendência no mercado brasileiro e internacional de se diminuir ao máximo elementos que possam obstruir a visão. O objetivo é procurar obter sempre muita transparência, aliada à necessidade de segurança máxima dos sistemas de guarda-corpo. “Os arquitetos têm procurado projetar sistemas de guarda-corpo de vidro onde interferências visuais sejam reduzidas a um mínimo. O mercado tem demandado sistemas de guarda-corpo estrutural de vidro pré-fabricados, em sistema modular, devidamente testados e certificados, em conformidade com a norma vigente”, afirma Mittelstaedt.
“A tendência são vidros com o mínimo de fixação, instalados apenas com botões, prolongadores, torres e perfis de engastamento somente na borda inferior, utilizando o vidro laminado-temperado para esta solução. Assim, temos o máximo de transparência e o mínimo de interferência visual de estruturas de alumínio e maior integração com a paisagem”, completa a arquiteta da PKO do Brasil.
“Temos visto um aumento ano após ano na demanda de vidros laminados para aplicações encaixilhadas, além de demandas de vidro laminado-temperado para aplicações autoportantes e até usos diferentes, como os vidro de controle solar – que não tem muita função de bloquear o calor em um ambiente aberto como de uma varanda, mas que são aplicados para situações em que se deseja o aspecto espelhado (estético) e a certa privacidade”
– Rebeca Andrade
A especialista diz que um exemplo clássico desta solução seria em aplicações de retrofits e reformas de edifícios tombados pelo patrimônio histórico, onde é preciso adaptá-los à visitação ao público, inclusive com acessibilidade, e as soluções em vidro acabam por oferecer a segurança necessária com o mínimo de interferência visual.
Apesar da preferência pela transparência total, com o desenvolvimento da indústria de ferragens e a criatividade no desenvolvimento de produtos com design diferenciados e modernos, alguns projetos optam por valorizar os acessórios, com fixações em botões, spiders e formatos em tamanhos que acabam por se destacar e fazer parte do resultado estético final.
“O fato das ferragens serem muito bonitas gera uma harmonia no conjunto do vidro com o metal. Acredito também que as ferragens mais expostas transmitem uma segurança, pois às vezes o leigo se assusta por só ver vidro e não ver algo que o segure, apesar de existirem sistemas com perfis e ferragens embutidas que ficam muito bem fixadas e que mostram somente a beleza, leveza e transparência do vidro”, acrescenta Gerone.
O mercado hoje oferece ferragens com design e estética diferenciados. A tendência continua sendo o menos possível de interferência visual. As fixações mais comuns são o chumbamento químico e o mecânico/expansivo. Os materiais mais indicados devem ser de alumínio anodizado e/ou aço inoxidável. As formas mais utilizadas são a fixação apenas com botões, prolongadores, torres e perfis de engastamento somente na borda inferior, utilizando o vidro laminado-temperado para esta solução.
Vidros adequados e tendências
A norma técnica exige pelo menos a laminação, mas o recomendado para proporcionar máxima segurança são os vidros temperados e laminados. As novas tendências incluem sistemas que permitam reduzir a espessura/custo do vidro, sem comprometer a conformidade com as normas e a segurança.
A Q-railing, por exemplo, desenvolveu um novo sistema de guarda-corpo de vidro, o Easy Glass Hybrid, que trabalha com perfis superiores/inferiores e com montantes achatados. É um sistema bastante clean que permite a utilização de vidros de 10 mm (5+5) laminados. Assim, é possível obter um sistema de guarda-corpo mais econômico, sem abdicar de segurança e conformidade com normas.
“Temos visto um aumento ano após ano na demanda de vidros laminados para aplicações encaixilhadas, além de demandas de vidro laminado-temperado para aplicações autoportantes e até usos diferentes, como os vidro de controle solar – que não tem muita função de bloquear o calor em um ambiente aberto como de uma varanda, mas que são aplicados para situações em que se deseja o aspecto espelhado (estético) e a certa privacidade”, acrescenta Rebeca Andrade.
Fixação e variedade de materiais
O mercado hoje oferece ferragens com design e estética diferenciados. A tendência continua sendo o menos possível de interferência visual. As fixações mais comuns são o chumbamento químico e o mecânico/expansivo. Os materiais mais indicados devem ser de alumínio anodizado e/ou aço inoxidável, este último comumente utilizado por ser mais resistente à umidade a que estão expostas especialmente as áreas externas. As formas mais utilizadas são a fixação apenas com botões, prolongadores, torres e perfis de engastamento somente na borda inferior, utilizando o vidro laminado-temperado para esta solução.