Borri assumiu o cargo de diretor excutivo no final do ano passado. Segundo a Guardian, a mudança de comando teve como objetivo acelerar o crescimento da empresa no País, dando um foco mais regional aos negócios. Acompanhe, a seguir, entrevista de Eduardo Borri concedida a Vidro Impresso.
Em linhas gerais, como descreve as estratégias de atuação da Guardian nos últimos anos? As operações no Brasil vêm ganhando importância nos negócios da Guardian. Por isso, estruturamos um time local mais focado no mercado brasileiro, com o objetivo de capturar mais oportunidades de crescimento. A mudança implementada no ano passado faz parte de uma decisão global da Guardian de desenvolver seus negócios nas Américas de forma mais assertiva, considerando as especificidades de cada mercado.
O que muda com a sua chegada?
Trabalho na Guardian há mais de 15 anos e até julho passado era diretor de operações da planta de Tatuí (SP). Assumi como diretor executivo com a missão de acelerar o crescimento da empresa no Brasil, dando um foco mais regional aos negócios.
Como encara o desafio de assumir a diretoria da Guardian?
Estou muito otimista. Temos uma grande autonomia dentro do grupo para atuar no mercado local e faremos o que for necessário para entregar os melhores produtos e serviços.
Quais os principais desafios a enfrentar nessa nova gestão?
As dificuldades pelas quais o Brasil passa são um grande desafio para nós. Por isso, ainda em 2014 fizemos mudanças que nos proporcionaram mais agilidade nas respostas às necessidades dos clientes. A crise está em todo o mercado, mas no vidro, ainda existem muitas oportunidades de crescimento e temos trabalhado para diversificar nossa atuação.
Na sua avaliação, que ações devem fazer a diferença para um bom desempenho em 2015?
É inevitável a queda das vendas para fachadas de edifícios, devido à retração de lançamentos imobiliários. Para compensar essa queda, estamos buscando elevar as vendas de vidros para o segmento de interiores. Outro ponto que vamos trabalhar será a mudança do mix oferecido, com o aumento da participação, por exemplo, de vidros de alto desempenho.
Como avalia o desempenho da Guardian no ano passado?
O ano de 2014 foi difícil para o mercado de vidro plano. Mesmo assim, a Guardian superou o faturamento de 2013 em 9%.
Quais os últimos investimentos da Guardian no Brasil?
No ano passado, investimos em uma nova linha de produção na fábrica de Tatuí. Com isso, conseguimos ampliar em 170% nossa capacidade produtiva, o que equivale a uma produção de 8 milhões de m²/ano.
A empresa tem novos investimentos em vista?
Faremos investimentos em novos ativos somente em 2016 e 2017. Para 2015, faremos aportes para manutenção e desenvolvimento de pessoas.
Em dezembro foi estabelecido o mecanismo antidumping para importações brasileiras de vidro float. Quais as mudanças que o decreto acarretará ao mercado vidreiro nacional?
O decreto é muito importante para o mercado vidreiro, pois protege o setor de uma concorrência externa, contribuindo para a manutenção dos empregos locais.
Como descreve os objetivos e estratégias de negócio da Guardian para o Brasil e América do Sul?
A base das operações da América Latina estava sediada anteriormente no México. Agora a empresa passa a operar com três macrorregiões: a da América do Norte, a da América Central, responsável pela operação de todos os países da América do Sul exceto o Brasil, que passa a se constituir também em uma macrorregião.