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Empresas e Negócios

Tecnologia italiana no DNA

Fornecedora de equipamentos para tratamento do vidro, TK expande sua atuação no mercado brasileiro

16/12/2012

Equipe reunida na sede da empresa.

Com uma experiência de quase 20 anos no ramo de máquinas para vidro, a italiana TK tem caminhado a passos largos rumo ao objetivo de fincar raízes no Brasil. A empresa fez sua primeira incursão no País na Glass South America 2012, quando identificou promissoras oportunidades de negócios e uma crescente demanda por produtos de qualidade em seu campo de atuação, focado principalmente em equipamentos para o tratamento térmico do vidro.

 

Um ano depois, a fabricante fazia sua primeira entrega para um cliente brasileiro: um forno de têmpera negociado para uma beneficiadora de São Paulo. “A decisão de abrir um escritório no Brasil foi simultânea à nossa primeira venda e motivada sobretudo pelo cenário de mercado aquecido que vislumbramos no País, impulsionado pelo crescimento da indústria de construção e pelo aumento do uso do vidro em obras de todos os tipos”, comenta o diretor executivo da empresa, Alfredo Bresciani. “Além do momento do mercado, levamos em conta a cultura latina que Brasil e Itália compartilham e que nos ajuda a construir relações fortes e de confiança com as empresas daqui.”

 

Com uma carteira de clientes que contempla sobretudo pequenas e médias empresas, italianas e internacionais, que buscam aumentar sua capacidade produtiva e melhorar a qualidade e o desempenho de seu produto final, a TK nasceu com foco em capitalizar as experiências e conhecimento técnico de profissionais do ramo de máquinas para vidro. Aventurar-se em novos mercados tem sido parte da estratégia da empresa que, nesse aspecto, sempre viu o Brasil como um terreno promissor.“Temos sido muito bem recebidos pelas empresas vidreiras”, afirma Bresciani. “Infelizmente, entraves burocráticos não nos ajudaram a implantar uma unidade em um curto espaço de tempo. Mas vemos um futuro brilhante nas próximas décadas, para a América Latina em geral e para o Brasil em particular, e queremos atuar como parceiros nessa mudança global em que o crescimento brasileiro está inserido.”

 

A fabricante italiana já atua em outros mercados latino-americanos, como Peru e Colômbia, além de estar consolidada em países como Estados Unidos e Rússia. Entre os alvos incluídos nos planos de expansão para os próximos anos, diz Bresciani, está o mercado africano. “Nossa política é sermos um parceiro confiável para pequenas e médias empresas em sua trajetória de crescimento”, ressalta. 

 

Parte interna da câmera de aquecimento de um dos fornos fabricados pela TK. Máquinas aliam expertise italiana aos mais avançados componentes do mercado europeu

 

Fundada em 1996, a empresa desde o início se pautou pelas diretrizes de seus dois sócios fundadores, Pierfelice Cavenaghi e Renato Andreotti. Na base de sua atividade, o objetivo de fornecer as melhores máquinas e o melhor know-how para a usinagem do vidro, com a máxima flexibilidade possível. Pouco mais de 10 anos depois, a fabricante optou por uma estratégia de maior segmentação, que originou a decisão de focalizar o core business nas máquinas para têmpera e laminação, sem deixar de lado os equipamentos voltados para curvatura e fusão do vidro. “Foi uma opção estratégica que soube antecipar a efetiva evolução do mercado”, ressalta Bresciani. Quatro anos mais tarde, a TK  já garantia presença comercial estável em diversos países, entre eles Argentina, Estados Unidos, Canadá, Marrocos e China.                              

 

Detalhe da mesa de descarregmento do forno Lamijet Breva. 
O diferencial do produto reside no sistema de velocidade de laminação e na possibilidade de laminar com PVB ou Eva sem autoclave

 

Os contínuos investimentos em pesquisa e inovação, aliados ao uso dos mais avançados componentes europeus para composição interna de suas máquinas, garantiram um crescimento contínuo, acompanhado por um estilo de atuação com vistas à proximidade com o cliente. “Foco em qualidade é um fator primordial. Afinal o processador tem que se concentrar em processar o vidro, sem ter de se preocupar com gastos ou dores de cabeça com manutenção de suas máquinas”, diz Bresciani. “Trabalhamos para que pequenas e médias empresas estejam aptas para aumentar sua capacidade produtiva, ao mesmo tempo em que incrementem qualidade ao produto acabado”, ressalta o diretor. “Mais do que vender máquinas, nosso foco é orientar nossos clientes rumo a saltos de crescimento e qualidade, indicar os caminhos e prover as tecnologias necessárias para isso.”

 

Para o Brasil, a TK Italy aposta em amplos espaços de crescimento para o setor. “Na Europa e nos EUA a média é de 10 milhões de habitantes para cada planta de float. Aqui, essa estimativa vai a 200 milhões. A produção ainda é muito baixa, e a nossa previsão é de que haja um aumento de 30% a 40% nos próximos dez anos. Essa tendência, aliada a um forte crescimento da demanda por vidros de segurança, deve levar a um aquecimento do mercado de temperados e laminados”, avalia Bresciani. Para 2014, a empresa aposta suas fichas no lançamento de um inovador forno de laminação, o Breva, capaz de executar a laminação do vidro sem autoclave. “Isso significa redução de espaço, investimento e consumo, além de ganhos em desempenho na produção de vidros especiais”, garante o diretor.

 

 

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