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Saiba como é produzido o vidro autolimpante, suas características e principais aplicações

A tecnologia dos vidros autolimpantes facilita a manutenção de fachadas, especialmente em locais de difícil acesso, e auxilia na economia de água e produtos de limpeza. Saiba como este tipo de vidro é produzido e suas principais aplicações

15/09/2019

 

 

Indicado para locais de difícil acesso e expostos à incidência de raios UV, como fachadas e coberturas, o vidro autolimpante dispensa a necessidade de manutenção constante da limpeza e o uso de detergentes, garantindo uma visão nítida mesmo em dias de chuva, já que sua superfície não acumula sujeiras. Visualmente idêntico aos vidros normais, possui uma camada autolimpante integrada ao próprio vidro, o que confere alto nível de durabilidade, não se desgastando ao longo do tempo. 

 

 

 

“É a solução em limpeza autônoma mais neutra disponível, sem ter aparência refletiva, assemelhando-se a um vidro comum. Trata-se de um revestimento permanente e se manterá com suas propriedades intactas até o fim da vida útil do vidro. A limpeza é menos frequente, pois as janelas ficam mais limpas por mais tempo e, quando a higienização se mostra necessária, o processo ocorre de forma mais rápida, pois a sujeira adere menos à superfície que recebe esse tipo de tratamento”, define Rebeca Andrade, especificadora técnica da PKO do Brasil.


Um dos vidros autolimpantes disponíveis no mercado é o Bioclean da Cebrace. Danila Ferrari, coordenadora de Mercado da empresa, destaca as vantagens do produto: “Neutralidade e transparência como as de um vidro incolor; a camada autolimpante é integrada ao próprio vidro e por isso tem alto nível de durabilidade, não se desgastando ao longo do tempo; dispensa a limpeza constante e o uso de detergentes; garante uma visão nítida, mesmo em dias de chuva, porque sua superfície não acumula sujeira; muito mais fácil de limpar – menos sujeira e resíduos aderem ao vidro; redução no custo da limpeza de janelas e fachadas”. 

 

 

 

 

 

As propriedades dos vidros autolimpantes são ativadas pela luz solar e quando chove, ao invés de formar gotículas como nos vidros normais, a água se espalha por toda superfície do vidro autolimpante, eliminando a poeira. A água também seca mais rapidamente e não deixa manchas. A tecnologia está disponível no mercado brasileiro desde 2006, mas ainda há um grande espaço para sua disseminação. “Ainda há um grande campo para o desenvolvimento desse produto no Brasil, ele ainda está concentrado em obras comerciais com a grande oportunidade de chegar nas residências, para isso precisa ser ainda mais difundido”, avalia a coordenadora de Mercado da Cebrace. 


O vidro autolimpante ainda é um produto utilizado mais em grandes obras, como a Estação do Metrô Vila Prudente e a Torre em Natal, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Comparado ao vidro float, custo cinco vezes mais. A Cebrace oferece o Bioclean na base incolor, monolítico, nas espessuras 4mm e 6mm e em chapas de 3,21m x 2,25m. Pode ser aplicado especialmente em locais externos como coberturas, janelas, portas, sacadas, fachadas, mobiliário urbano, entre outros. 


Como é feito

O vidro autolimpante aproveita a força dos raios UV e da água da chuva para combater a sujeira e os resíduos que se acumulam no exterior do vidro. “Na produção do vidro autolimpante, o vidro plano recebe uma camada de partículas de dióxido de titânio (TiO2), que quebra as moléculas orgânicas e elimina a poeira inorgânica. Os raios UV reagem com a camada do vidro autolimpante e desintegram as moléculas, eliminando a poeira orgânica”, explica Rebeca. 


“O vidro autolimpante é produzido pela deposição de uma camada transparente de material mineral fotocatalítico e hidrofílico sobre a chapa de vidro incolor utilizando nanotecnologia. O revestimento, que é integrado ao próprio vidro, garante alto nível de durabilidade, e as propriedades mecânicas, térmicas e acústicas são idênticas às de um vidro comum”, complementa Danila Ferrari.


O vidro autolimpante também pode ser combinado com o vidro laminado, temperado ou insulado, conferindo outras funções ao produto como segurança patrimonial e dos usuários, além da possibilidade de agregar função de conforto térmico e acústico. Também podem ser agregados com vidros de proteção solar, serigrafados e vidros curvos. Danila Ferrari recomenda que a instalação seja feita em face #1, com a camada de autolimpeza para o lado externo, e deve ser instalado verticalmente ou em uma posição inclinada (ângulo mínimo de 10º). 
  

 

 

 

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