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Papo Direto

Expert em eventos

José Roberto Sevieri

26/07/2016

Diretor da Fesqua-Vitech fala sobre a experiência de organizar a maior feira do setor de esquadrias da América Latina.

- Em que consistem as atividades do Grupo Cipa Fiera Milano?

Somos uma empresa multinacional, com capital italiano, que realiza 38 feiras comerciais no Brasil e 16 na Itália, além de atuar em seis outros países no mesmo ramo de atividade.

 

 

 

 

- Qual o perfil dos setores com os quais o Grupo trabalha?


São os mais diversos, mas sempre próximos da cadeia produtiva e uma delas é a do vidro. A Vitech – Feira Internacional do Vidro, tem sido um sucesso, pois além de receber expositores e visitantes qualificados, é realizada junto com a Fesqua – Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes, outra mostra de   grande expressão.

 

 

 

 

- Quando o Grupo Cipa Fiera Milano assumiu a organização da Fesqua e da Vitech?


Estamos desde o primeiro momento na Fesqua, junto com o Luís Cesar Tavares, da C. Tavares, que edita a revista Contramarco, e preparou o projeto da feira. Fizemos ajustes, acertamos um grande acordo com a AFEAL – Associação Brasileira dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio. Desde a primeira edição os resultados sempre apareceram para os expositores e visitantes. Esses visitantes nos indicaram que o comprador de esquadrias também compra vidro, algo que faltava na Fesqua. A partir dessa constatação, veio a Vitech para preencher essa lacuna.

 

 

 

 

- Este ano os eventos serão simultâneos a outros três: Tecno Fachadas, Expo Serralheria e Arctech. Em que consistem e quais as contribuições
desses eventos paralelos?


São complementares e estão dentro do mundo das esquadrias e vidros. A Tecnofachadas tem as tecnologias voltadas para a pele de vidro, seus acessórios de fixação e colocação.

A Expo Serralheria apresenta os equipamentos e máquinas de oficina, além da matéria-prima de trabalho. E a Arctech está trazendo soluções que interessam diretamente aos arquitetos, com foco na arquitetura e urbanismo, tanto em produtos de acabamento como em ferramentas de trabalho.

O evento é também uma oportunidade de transmissão  de conhecimentos, pois nele serão realizados o Seminário Internacional Nutau 2012, promovido pelo NUTAU-USP, Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, e o SEBRASER – Seminário Brasileiro de Serralheria.

 

 

 

 

- Como o bom momento da construção civil no Brasil tem impactado sobre o setor de esquadrias? E quanto ao setor vidreiro?


Para os dois setores o momento tem sido muito bom, pois os prédios que foram vendidos há dois ou três anos estão em fase de acabamento e terminam
por impactar de forma positiva todo este processo.

Esse freio de arrumação que aconteceu no primeiro semestre de 2012 só irá refletir no setor em 2014. Ou seja, temos ainda vinte meses de produção máxima, e com a atual aceleração é bem capaz  de 2014 passar sem que se perceba esta pequena parada.

 

 

 

- Qual a importância para o Grupo Cipa Fiera Milano de assumir a organização de feiras como a Fesqua e a Vitech?


Nenhuma empresa faz tudo sozinha – é uma parceria de várias mãos e somos parte do processo – cada parte tem uma quantidade de conhecimentos
diferentes e acabam contribuindo para o sucesso do evento.

 

 

 

 

- Quais têm sido as estratégias e ações para agregar melhorias a esses eventos?


Escutar o visitante – é ele que está na ponta do processo, que sabe quais são as tendências, o que os clientes finais pedem, quais materiais, de que forma, de que cores, com qual estilo... É uma dificuldade, mas não existe outra forma.

 

 

 

 

- Em quais aspectos a experiência internacional em organização de feiras pode contribuir para o avanço de eventos realizados no Brasil?


Com pontos em sete países fora do Brasil, podemos alcançar mais empresas e mais oportunidades para que sejam convidadas a vir visitar a feira, trazer
suas tecnologias e fazer negócios com empresas brasileiras que possam representá-las, que façam manutenção nas máquinas importadas, permitindo
que novas técnicas sejam incorporadas pelo mercado nacional.

 

 

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