A composição da peça também pode variar, uma vez que, usualmente, os vidros de veículos são relativamente pequenos e devem ser leves, explica Claudio Passi, diretor da Conlumi, que fabrica blindados para a construção civil. “No caso dos veículos, usa-se policarbonato na composição, que é o que garante a blindagem.
Já na construção civil, muitas vezes há necessidade de peças de grande dimensão, que não podem ser produzidas com policarbonato. Normalmente, agrega-se mais espessura aos níveis de blindagem em relação aos de veículos”, afirma Passi.
Como vantagens, há menos risco de delaminação, maior durabilidade e maior transparência, além da possibilidade de agregar outras possibilidades, como vidros refletivos ou decorativos, de acordo com a necessidade do projeto arquitetônico. O grande desafio dos fabricantes de blindados para veículos tem sido reduzir o peso, a espessura e o nível de distorção dos vidros, garantindo performance e qualidade ótica superiores.
Novas tecnologias, como vidros mais leves que o padrão, têmperas químicas e mecânicas e plásticos que absorvem energia com mais eficiência são algumas das possibilidades.
“Integrar essas tecnologias aos processos produtivos e atender a demanda do mercado por produtos mais leves e mais finos, com alta capacidade balística e durabilidade, é uma preocupação constante entre as empresas do ramo”, informa Castro, da AGP, que desenvolveu o chamado Platinum B33, 20% mais leve e mais fino que os vidros blindados padrão. “Esse produto é resultado de anos de intensa pesquisa e já é sucesso absoluto no mercado brasileiro. Ele apresenta
acabamento diferenciado e melhor proteção do pacote balístico, o que nos permitiu inclusive estender seu prazo de garantia”, informa Castro. Outras possibilidades de composição incluem resinas e polímeros em substituição ao PVB.