Jorge Marinho, que trabalha com arte vítrea há 17 anos, esculpe detalhes do corpo humano em vidro na exposição Corpos Invisíveis, na Helena Fretta Galeria de Arte, em Florianópolis.
A arte em vidro é milenar, complexa e, salvo uma e outra mudança, o processo continua como há mais de 5 mil anos. Para entender é preciso lembrar das aulas de química. Vidro nada mais é do que areia aquecida a mais de 1800ºC que transforma-se em massa líquida.
Já o cristal demanda uma combinação química diferente: além de sílica e berílio adiciona-se à areia o chumbo. As peças são colocadas em fornos de cristaleria, atingindo temperatura de 1300ºC, a mesma tecnologia utilizada na fabricação das tradicionais peças em vidro soprado.
Marinho começou a trabalhar com vidro como autodidata e sua técnica foi desenvolvida com a participação em workshops sobre cristal e vidro na Alemanha, República Tcheca, Espanha e Estados Unidos.