Aos 30 anos de idade, Iranildo dos Santos trabalha no segmento de vidraçaria desde os 16. Segundo ele, aprendeu toda a técnica específica para o manuseio do material com os tios. Agora, como Empreendedor Individual, ele tem a possibilidade de emitir notas fiscais e participar de licitações públicas. “Eu sentia dificuldades quando clientes desse porte solicitavam um comprovante legal. Com o registro, tenho segurança e tranquilidade toda vez que um novo freguês bate à minha porta”.
Morador do Janga, na região metropolitana do Recife, seu principal ofício é a arte de dar novas utilidades a vidros que podem se tornar portas e janelas, sejam elas móveis ou imóveis. A maior parte de sua clientela vem de residências, mas seu trabalho também pode ser visto em igrejas e órgãos públicos e privados.
Iranildo afirma ser um profissional diferenciado em relação a outros que trabalham no mesmo ramo por ter aprendido um novo método de instalação de varandas num curso ministrado em São Paulo. “Apesar de ter sido desenvolvido por brasileiros, todo o processo foi inspirado em um modelo europeu de grande eficiência e inovação”, revela.
Potencial de autônomo
A repercussão de seu trabalho atraiu olhares de grandes empresas, que várias vezes o chamaram para fazer parte do quadro de funcionários contratados. Mesmo assim, o empreendedor recusou as propostas: acreditou em seu potencial de autônomo e permaneceu como prestador de serviços.
Segundo levantamento do Governo Federal, Pernambuco alcançou, este ano, a marca de 35.402 trabalhadores que aderiram à modalidade jurídica de Empreendedor Individual (EI). Os números colocam o estado no oitavo lugar entre as unidades federativas que mais formalizam mão de obra no país dentro da categoria. Uma vez com o registro, o trabalhador passa a ter direito a uma série de benefícios, como aposentadoria, auxílio-maternidade e abertura de conta em instituições financeiras.
Fonte: Revista PEGN