Em meio a uma reserva de Mata Atlântica original, na praia de Iporanga, distante 120 km da cidade de São Paulo, uma construção contemporânea aproveita-se de toda a exuberância da natureza. A casa ocupa apenas 554 m² da área de 1.200 m², e reflete um pedido dos proprietários: preservar a vegetação que envolve a residência. Nitsche Arquitetos Associados, optaram por um programa com áreas de uso bem definidas em três pavimentos; vidro, concreto, metal e madeira.
Com estrutura mista, a casa foi inspirada em construções típicas da região litorânea. Ela é repleta de aberturas envidraçadas, e pontes que são utilizadas para realizar pequenas travessias de canais. Quatro pilares de concreto partem da fundação, com a finalidade de proteger a residência do solo úmido, às vezes, encharcado. Eles também sustentam o grande pano da laje de concreto. “Para isso, os pilares prolongam-se para receber duas vigas metálicas, conectadas por vigas menores, suportando a caixa de madeira das suítes”, explica o arquiteto Pedro.
Nas fachadas, o abundante uso do vidro integra interior e exterior, ao mesmo tempo em que favorece a entrada de luz natural e redução do uso de energia. Uma delas – voltada para a rua – é constituída por placas opacas de madeira e painéis de vidro. Do lado da floresta, quartos e varandas são integrados por portas deslizantes de alumínio e vidro transparente temperado.
No piso intermediário, cozinha e salas de jantar e estar são protegidas das intempéries por panos de vidro transparente, que podem ser mantidos fechados ou totalmente abertos. O material, ao mesmo tempo em que protege, une o ambiente interno à natureza.
Fonte: Galeria da Arquitetura