A Fundação Cultural de Palmas (FCP) em parceria com a Associação Artesãos Dom Bosco (AADB) promovem de 06 a 20 de abril a “Exposição Vidro Fusão” na Galeria Municipal de Artes, localizada no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho. Serão expostos trabalhos feitos em vidro como: esculturas, pastilhas, peças decorativas e utilitárias. A visitação fica disponível de segunda a sexta-feira, de 8 às 18h.
A Associação Dom Bosco procura auxiliar jovens artesãos formados nas escolas profissionais da “Operação Mato Grosso (OMG)”, movimento de voluntários italianos e brasileiros, operante no Brasil há 42 anos, por iniciativa do italiano padre salesiano Hugo de Censi. As escolas são gratuitas e os alunos geralmente são de baixa renda, assim, recebem instrução, formação profissional, alimentação e moradia. Após cinco anos se tornam qualificados para trabalhar como artesãos.
Desde o inicio de 2004 o Ateliê São Francisco procura formar novos artesãos na área dos vitrais artísticos. Trazendo a experiência de celebres mestres europeus requintados testemunhas da antiga e autentica arte do vidro conjugada à criatividade brasileira, o objetivo focaliza-se na divulgação dessa arte, em todas as suas expressões.
Conheça sobre a história
No ano 1967 a “Operação Mato Grosso” chegou ao Brasil. Uma iniciativa juvenil, fruto do coração e da fantasia do padre salesiano italiano Hugo De Censi, um verdadeiro “filho de Dom Bosco”, preocupado em animar os jovens de sua época que viviam cansados de escutar somente palavras vazias.
Assim, centenas de rapazes italianos, trabalhando em grupos (colheita de material reciclável, jardinagem, trabalhos agrícolas, etc.), arrecadaram o dinheiro necessário para sustentar as missões abertas na América Latina. Desses jovens, muitos decidiram viver alguns meses, ou anos, entre os pobres e necessitados das regiões mais remotas do Brasil, Equador, Bolívia e Peru.
No sertão do Brasil, no interior do Mato Grosso e do Tocantins, vivem muitos jovens com poucas oportunidades de estudo e trabalho, não lhes restando outra saída a não ser a ilusória migração rumo às capitais, com todos os problemas sociais (desemprego, violência, etc.) que isso implica.
O Padre Hugo, tal como Dom Bosco, teve um grande sonho, de que esses jovens pudessem ter um amanhã melhor, aprendendo uma profissão, sendo “bons cristãos” e ganhando o “pão honrado” sem precisar sair do lugar onde nasceram. Desde os meados dos anos 70 existem as escolas profissionais “Dom Bosco” que formam jovens nas áreas de marcenaria, esculturas em madeira, decorações em vidro, tecelagem, cerâmica e bordado. (Com informações do site www.artesaosdombosco.org)
Fonte: O Girassol