Mais de 60 anos separam a Soprano de seus primeiros anos de atuação no Brasil, quando era uma pequena fábrica de acordeões, fundada em Caxias do Sul (RS) em 1954. Atenta às tendências do mercado, a empresa logo reconheceu a necessidade de apostas mais altas no desenvolvimento econômico da região Sul e decidiu se aventurar no ramo de ferragens. Nascia a Metalúrgica Soprano, hoje um grupo com múltiplas especialidades, quatro divisões operacionais e uma ampla variedade de processos e soluções voltadas a inúmeros segmentos do mercado nacional e internacional. “Investimentos em tecnologia e inovação realizados há mais de 30 anos foram determinantes para levar a empresa à posição de líder em vendas no Sul do Brasil e uma das maiores do segmento no País”, afirma a coordenadora de marketing Cristine Duso.
Segundo Cristine, o crescimento médio da receita líquida da Soprano nos últimos cinco anos tem crescido a níveis de dois dígitos, e em ritmo similar se expande a presença da marca por todo o Brasil. “Uma pesquisa da Anamaco em 2014 apontou que a Soprano esteve presente em 24% das lojas de material de construção do País e lidera com vantagem significativa em lojas do Rio Grande do Sul, com mais de 63%”, diz a coordenadora.
Atualmente, a empresa oferta uma variada linha de produtos, por meio de quatro áreas de negócios: Divisão da Construção Civil, Divisão Hidráulica, Divisão de Materiais Elétricos e Divisão de Utilidades. “Essa estrutura operacional nos permite assegurar flexibilidade, rapidez e eficiência em nossos processos”, observa Cristine. “O mix de produtos para o setor vidreiro é atualmente um dos destaques no portfólio da Soprano. Entre os principais estão as molas aéreas e molas de piso, fechaduras, maçanetas, suportes, dobradiças, puxadores, barras antipânico, ao lado de inúmeros acessórios.”
Com forte presença no Rio Grande do Sul, a Soprano escolheu a cidade de sua matriz, Farroupilha, para seu mais recente investimento, uma nova unidade de tratamento de superfície (galvânica). Em fase de instalação e com investimento estimado em R$ 35 milhões, as obras devem ser entregues já no segundo semestre de 2015. “A nova galvânica terá uma capacidade 80% superior à capacidade atual”, afirma Cristine.
Ao longo do tempo, a Soprano procurou mapear as oportunidades certas para crescer e consolidar sua marca, especialmente associada à linha de fechaduras que, segundo a coordenadora, tem seus diferenciais reconhecidos tanto pelo revendedor como pelo consumidor final. “A par da segurança para a casa e a família, a Soprano investe no design de suas linhas, para que os produtos revelem um pouco da personalidade do empreendimento ou de seu usuário.”
A inauguração da Unidade Industrial de Campo Grande (MS) em 2009 marcou uma importante etapa no crescimento do grupo Soprano. Instalado em 35 mil m² – sendo 15 mil m² de área construída, a planta apresenta o parque fabril mais moderno do grupo e abriga um centro de distribuição responsável pela logística de mais de 50% dos produtos da empresa. No mesmo ano, a Soprano inaugurou um centro de distribuição na Cidade do México, localização considerada estratégica para a atuação da companhia no mercado externo.
Unidade da Soprano voltada para a construção civil, em Farroupilha (RS)
Centro de distribuição em Campo Grande (MS)
Técnica no DNA
Inventadas na China por volta de 2000 A.C., as primeiras fechaduras fabricadas pelo homem eram acessórios rudimentares, uma espécie de ferrolho que podia ser aberto ou fechado do lado de fora da porta com um gancho. O mecanismo foi aperfeiçoado pelos egípcios, que criaram as chaves com bicos para encaixar em cavidades instaladas na porta, e pelos romanos, que incorporaram variações e difundiram o artefato por toda a Europa. Mas a verdadeira evolução viria em 1778, quando o inglês Joseph Bramah criou uma fechadura com delgadas lâminas posicionadas de modo que a chave pudesse abri-la ou fechá-la.
Técnicas como essas chegavam ao Brasil no início do século XX, pouco antes de o empresário farroupilhense Silvino Agnesi iniciar a produção dos acordeões Soprano. Com a entrada da guitarra elétrica no Brasil, o grupo Soprano optou por focar em outros mercados e fundou a Metalúrgica Soprano, voltada para a produção de ferragens para a construção civil. Em 1982, a Soprano passou a produzir fechaduras e o produto entrou no mercado com força total. “A coragem e dedicação de seu fundador caracterizaram a expansão do negócio, que crescia em paralelo com o desenvolvimento econômico e cultural da região Sul”, comenta a analista de marketing da Soprano. A empresa passou a produzir janelas, portas, portões e acessórios para a indústria moveleira.
Fechadura elétrica para vidro, lançamento recente da empresa
Mix de produtos voltados para o setor
Hoje, as quatro divisões de negócios reúnem mais de 5 mil produtos no portfólio e uma equipe de mais de 250 representantes no Brasil. Reconhecida em 2014 como uma das 80 maiores empresas do Rio Grande do Sul, tem distribuidores na Bolívia, Paraguai, Argentina, Peru, Estados Unidos e México. A Divisão Construção Civil fornece produtos como fechaduras residenciais, fechaduras para móveis, ferragens, cadeados, acessórios para móveis, molas de piso, molas aéreas, materiais elétricos e utilidades domésticas. “Apesar de nosso diversificado portfólio, as fechaduras são o carro-chefe da Soprano”, afirma Cristine.
Entre os produtos voltados para o segmento vidreiro está a fechadura elétrica para vidro, lançada na última edição da Feicon. O mix de produtos para o setor inclui puxadores em inox polido, maçaneta e frente de alumínio, cilindro e bases de zamac. “Nossos oito modelos de fechaduras dividem-se em mix para vidro/vidro e vidro/alvenaria, interna bola ou externa reta, no recorte Santa Marina e na Furação Blindex”, explica Cristine. “Qualquer um desses modelos pode ser ativado por 4 tipos de acionadores: comum; por controle remoto; por interfone ou por código de segurança. Esses dois últimos foram apresentados na Feicon e serão comercializados nos próximos meses”, revela a executiva.
Projeto de fechadura por computação gráfica