Profissionais das áreas de arquitetura, decoração e construção civil passam a contar com uma solução em revestimentos que promete viabilizar projetos mais arrojados e esteticamente diferenciados, tanto os voltados para grandes obras e fachadas quanto para os da área de design de interiores. Recém-lançado pela beneficiadora Conlumi, a linha Fusione Glass chega ao mercado com a proposta de se adequar às demandas mais recentes da arquitetura e oferecer um produto mais leve (pesando 18 kg por m²), destinado aos mais variados tipos de revestimentos internos e externos. O revestimento leva vidro laminado e uma chapa de alumínio em uma de suas faces. “O processo de desenvolvimento surgiu da necessidade de encontrar um material que facilitasse a adequação tanto em revestimentos externos quanto internos, mas que simultaneamente garantisse leveza e não comprometesse a parte estrutural do edifício”, afirma o diretor geral da empresa, Claudio Passi.
Segundo Passi, a fabricação do Fusione Glass envolve a combinação de dois materiais distintos: o alumínio (rígido ou composto) e o vidro laminado, processo em que a durabilidade é garantida pela superfície vítrea na face externa do produto. Formado por quatro camadas intercaladas, o Fusione Glass é composto por material de aparência vítrea na parte externa, duas camadas intermediárias, sendo uma de alumínio composto e outra de acrílico de 1 mm de espessura, e uma quarta e última camada também de alumínio, o que impede que haja transmissão luminosa, com alto índice de filtragem de calor, por reflexão ou absorção.
O produto pode ser aplicado em fachadas de edifícios e em diversos ramos da construção civil, além de beirais, colunas revestidas e coberturas, entre outras. O revestimento pode substituir placas de concreto, alumínio, porcelanato, granito, mármore, cerâmica, pastilhas e outros tipos e possibilita a aplicação nas posições vertical e horizontal, com corte em diversos formatos (retos, redondos, elípticos e outros). “Para que a marca fosse registrada pela Conlumi Vidros, o produto foi
testado em laboratórios renomados, como o Instituto Falcão Bauer (Brasil) e o Laboratório mundial da Cytec Norte Americana em Drogenbous (Bélgica), que deram aprovação total para o registro”, enfatiza Claudio Passi.
Com esse aval, a Conlumi já teve demanda imediata para a utilização do produto em um prédio comercial localizado na zona norte de São Paulo, onde participou de todas as etapas, que incluíram desde o protótipo, projeto executivo, produção de caixilhos e vidros, montagem e fi nalização do envelopamento do prédio. “A obra conta com 14 mil m² de área construída, em que foram utilizados 3 mil m² de Fusione Glass, 48 toneladas de alumínio e 3,6 mil m² de vidro cristal laminado refl etivo verde, denominado Sun Guard Silver 32 On Green”, explica Passi.
De acordo com o diretor, além de absorver calor e ruídos, o Fusione Glass tem efeito decorativo, criando novas opções para os arquitetos, já que pode ser composto por vidro incolor, colorido, serigrafado e acidatado, conferindo uma característica visual diferenciada. “Trata-se de um excelente material acústico e térmico, podendo ser usado pelas construtoras para diminuir custos com ar condicionado, por exemplo. Além disso, é um produto fabricado sob medida, o que evita perda de material e contribui para a sustentabilidade”, salienta.
O tamanho extra também favorece revestimentos em grandes áreas, como fachadas de edifícios, sendo que o máximo é de 5 000 mm x 2 000 mm, enquanto a maioria dos revestimentos é na medida de 80 x 80, o que fica oneroso em áreas muito grandes. Por ser fabricado já no tamanho final de aplicação, o produto segue o conceito real de sustentabilidade por ser totalmente reciclável e por evitar o descarte de sobras e de matérias primas no meio ambiente.
Outro diferencial é o peso, que varia de 14 kg a 28 kg por m², algo que facilita a aplicação por não exigir estruturas muito pesadas. As espessuras variam de 8 mm até 14 mm. Com o lançamento do novo produto, a empresa revela a expectativa de crescer de forma considerável nas áreas de fachadas e revestimentos. “Sabemos que, de um modo geral, há muito espaço para expansão do mercado vidreiro. O consumo de vidro por habitante no Brasil é de 6 kg, ante 30 kg na Europa”, comenta Passi. “Além disso, a participação do vidro no PIB no Brasil gira em torno de 7%, em comparação com 14% em termos globais. De 2013 até a Olimpíada teremos muito trabalho, pois o vidro é cada vez mais requisitado em grandes obras”. Para acompanhar essa efervescência, Passi adianta investimentos em equipamentos de última geração e em um novo galpão. “Os maquinários foram comprados, durante a Glasstec, na Alemanha. Quanto ao novo galpão, está sendo construído para acomodar melhor os equipamentos e disponibilizar maior espaço físico para atender às demandas”.
Fabricação
O processo de fabricação do novo revestimento é idêntico ao de laminação, sendo que entre as chapas de vidro há uma camada acrílica monocomponente, que contracola os vidros e mantém o produto estruturado. Após a contracolagem das chapas, essa camada intermediária (interlayer) de resina ou filme, película plástica e elástica, proporciona grande resistência a impactos que possam causar a quebra do vidro, além de proteger o alumínio contra o amarelamento, por conter camada anti UV. Com isso, o alumínio mantém suas características por muito mais tempo – normalmente ele sofre um desgaste entre 10 e 12 anos e, com esse processo, pode durar 30 anos ou mais.
Prédio comercial na zona norte de São Paulo foi o primeiro a receber o Fusione Glass em sua fachada. A obra conta com 14 mil m² de área construída, em que foram utilizados 3 mil m² de Fusione Glass, 48 toneladas de alumínio e 3,6 mil m² de vidro cristal laminadores retivo verde
Hall de entrada do Espaço das Americas, cuja reforma recente foi marcada pela mistura de espelhos e de vidros pretos da Conlumi no revestimento das paredes
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