Estádios do mundo recebem vidros.

Estádios do mundo recebem vidros.

Capa: Estádios do mundo recebem vidros.

 

 

 

A diva da cidade do Cabo Este é o termo que os arquitetos têm utilizado para denominar o estádio Green Point, da cidade do Cabo. O destaque desse projeto é o telhado, que tem estrutura semelhante a uma roda de bicicleta, aberta no meio, com 72 cabos de ligação entre os anéis exteriores e interiores. 

 

Esses cabos foram apertados para levantar o teto do nível do solo até sua altura atual. Outra novidade é o uso de 9.000 painéis de 16 mm de espessura de vidro para cobrir os 37 mil metros 2 do telhado, com peso total de 4.700 toneladas.

 

 A construção do estádio de 68 mil lugares, incluindo 13 mil assentos temporários, teve início em 2007, e foi concluído em dois anos e nove meses. As empresas Murray & Roberts e WBHO ficaram encarregadas da construção, que teve um custo de 600 milhões de dólares.

 

A arquitetura ficou a cargo de uma associação entre Gerkan, Marg & Partner (GMP), arquitetos da Alemanha, e duas empresas locais, Louis Karol and Associates
e a Point Architects. Uma característica do estádio é que, devido ao design, todos os espectadores ficam próximos do jogo. As informações são da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

 

 

 

Antigos alambrados dão lugar ao vidro.

 

 

 

 

 

 

Padrão de construção Fifa Arquiteto e consultor em arquitetura esportiva, Eduardo de Castro Mello visitou os principais estádios da África do Sul e nos falou sobre suas impressões.

 

  Ele trabalha desde 1970 projetando instalações esportivas de expressão no Brasil e no Exterior. É membro da diretoria do Grupo Internacional de Trabalho para Instalações Desportivas e Recreativas (IAKS-LAC) e proprietário do escritório que leva seu sobrenome. “A maioria dos estádios foi construída em concreto pré-moldado com detalhes em aço inox e vidro. Alguns com acabamentos simples, porém duráveis”, explica.

 

 

   Castro Mello garante que a mesma utilização de vidro na África será realizada no Brasil. “Nas arquibancadas, o peitoril de 1,10 m, exigido pelo corpo de bombeiros, terá 80 cm em concreto e o restante, fechamento em vidro. Esses peitoris ficam nos acessos e na primeira fila das arquibancadas. O padrão Fifa não permite mais o gradil em frente ao público. Antes, havia o alambrado para evitar que a torcida invadisse o campo. O gradil, de 90 cm, enferrujava e provocava acidentes”, afirma. Segundo ele, no Brasil, o Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, já utilizou o vidro encaixilhado nas arquibancadas. Outro exemplo é a Arena Barueri, que também aplicou o material no estádio.