O 12º VidroSom – Seminário de Soluções Acústicas em Vidro – reuniu 120 pessoas e lotou o auditório do SAIE Vetro 2019 (10º Salão Itinerante de Esquadrias e Vidro), em Florianópolis, (SC) e consolidando-se como a principal ferramenta de informação e troca de conhecimentos entre arquitetos, fabricantes, consultores de acústica e profissionais do setor.
Em sua apresentação, o professor Dr. Fernando Simon Westphal, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), destacou o desempenho térmico das esquadrias e perfis nas diferentes regiões do País. “Enquanto no Norte-Nordeste, o índice de radiação solar é muito grande; no Sul, a preocupação é com as baixas temperaturas e suas consequências”, esclareceu.
Já o empresário Edison Claro de Moraes, diretor da Universidade do Som e idealizador do VidroSom, criticou a falta de informação do mercado. Ainda segundo ele, por conta da desinformação, os consumidores fazem a opção por materiais como espuma, caixa de ovo, jateamento e alvenaria, por exemplo, para resolver problemas de barulho em seu imóvel: “Entre visão e audição, o consumidor leigo pensa que o fato de não ver o ruído, ele não existe”, justificou.
O gerente de Desenvolvimento de Mercado da Cebrace, Remy Dufrayer, destacou o papel do vidro e da esquadria no conforto acústico. Entre outros itens, citou que quanto mais massa, mais difícil de vibrar, as vantagens do vidro laminado e que o desempenho do isolamento dependerá dos índices de redução do vidro e de demais conjuntos envolvidos.
A engenheira Michele Gleice da Silva, diretora técnica do ITEC, apresentou os requisitos da NBR 15575 para esquadrias, como atendê-los e as principais revisões da norma de guarda-corpos NBR 14718, publicada há dois meses. Já na palestra Ambientes Acústicos Confortáveis, o arquiteto Fernando Neves, da Saint Gobain, apresentou “cases” em restaurantes, salas de convenções, auditórios e escritórios; e o empresário Roberto Papaiz, diretor da ScreenLine e presidente do ITEC (Instituto Tecnológico da Construção Civil), apresentou a palestra “As Janelas do futuro”. No final, os palestrantes participaram de um movimento debate respondendo perguntas da plateia.
Ação Social
Mais uma vez, o VidroSom teve caráter social. A arrecadação com as inscrições foi doada à Nova 4E (entidade especializada em pessoas com deficiência intelectual), de São Paulo. Além disso, alunos da Escola de Educação Básica Rosinha Campos, de Florianópolis (SC), participaram de um concurso de desenhos com o tema “Como a Poluição Sonora afeta a minha vida”. Oitenta trabalhos foram inscritos.
As alunas Maria Eduarda de Noronha Luiz, de 10 anos; e Huendy Diniz Lima, de 7 anos, foram as vencedoras e receberam notebooks oferecidos pelas empresas que apoiam o evento. Os alunos que participaram do concurso também vão receber brinquedos pedagógicos. O VidroSom tem patrocínio master da Cebrace e apoio da Saint Gobain.