Considerada uma das sete maiores maravilhas da natureza, a Aurora Boreal, também conhecida como Luzes do Norte, é um fenômeno de luzes e cores que se manifesta nos céus de algumas regiões árticas em determinados meses do ano e que, de tão espetacular e único, já fez muita gente largar tudo para ir atrás dele. Ter a sorte de contemplar o espetáculo é considerado um dos mais fantásticos presentes que a natureza pode oferecer, mas não deixa de ser uma experiência um tanto quanto “gélida”. Para aqueles que não são afeitos às condições muitas vezes adversas e desconfortáveis a que é necessário se submeter para contemplar o fenômeno, o arquiteto turco Risto Eräpohja encontrou uma solução que se apoia basicamente na tecnologia dos vidros de alta performance.
Trata-se do Igloo Village, uma área do Hotel Kakslauttanen, situado na aparentemente inóspita região do norte da Finlândia (Lapônia), acima do Círculo Polar Ártico, que oferece a seus hóspedes uma inusitada proposta de acomodação. Aberto apenas durante certo período do ano (normalmente entre os meses de dezembro a abril, dependendo das condições meteorológicas), o Igloo Village é composto por 20 iglus de vidro cravados no meio da neve, que permitem uma desobstruída vista para o espetáculo, com um pequeno porém precioso detalhe: o conforto térmico é garantido,mesmo sob condições extremas do lado fora.
O segredo de poder se sentir confortável e quentinho no meio de tanto gelo está nos fechamentos em vidro insulado termoacústico E-Glas, solução desenvolvida pela Quantum Glass, marca do Grupo Saint-Gobain especializada em sistemas de alta performance cujo objetivo é facilitar a criação de projetos arquitetônicos de ponta por meio de variados vidros híbridos capazes de transformar suas características físicas e óticas. O vidro especial isolante é capaz de derreter a neve por meio de um aquecimento suave, garantindo uma visão clara e nítida, sejam quais forem as condições meteorológicas, para que a temperatura dentro do iglu se mantenha sempre em nível moderado. “O objetivo das soluções desenvolvidas pela Quantum Glass é justamente abolir o conceito de fachada ou fechamento como uma barreira física, multiplicando as possibilidades de conexão e interação entre os ambientes interno e interno”, descreve Alexandra Lamand, assessora de comunicação da empresa.
Tecnologia de aquecimento
Membro da família Hybrid Skin, o sistema de envidraçamento E-Glas que forma as paredes dos iglus consiste em um envelope transparente e emissor de calor, que elimina qualquer risco de condensação causada pelo chamado efeito ‘cold wall’ (parede fria). “Mesmo quando a temperatura externa chega abaixo dos 5o negativos, os vidros isolam perfeitamente o ambiente interno, mantendo-o quente e confortável. Um sistema que previne congelamento encarrega-se de manter as paredes sempre cristalinas”, afirma Alexandra.
temperado de 16 mm de espessura, que formam um sanduíche, no qual o painel interno é revestido por uma película muito fina e invisível. A unidade é capaz de emitir cargas elétricas, que por sua vez são convertidas em calor. “A superfície da composição que aquece é formada por um vidro de baixa emissividade. Quando estimulada por eletrodos, a fi na camada oxidada sobre o face interna em contato com o vácuo (preenchido por argônio) irradia calor sobre a face oposta”, descreve a assessora. “Desse modo, dependendo da composição, o sistema pode aquecer do lado de dentro ou do lado de fora, derretendo a neve, prevenindo condensação e convertendo-se ele próprio em uma fonte de calor.”
O painel exterior conta com outro revestimento invisível que impede a fuga do calor e mantém o quarto mais frio durante os meses mais quentes. Além de eliminar a condensação e formação de gelo, e as camadas reflexivas de dentro do vidro refletem os raios UV. O calor é absorvido e retido pelos objetos na sala assim que a temperatura atinge um nível confortável. A sensação de calor permite uma diminuição na temperatura ambiente por 1-2 graus C, sem perda de conforto,diminuindo assim o consumo de energia.
Dança de Luzes
Resultado da interação de partículas de vento solar com a atmosfera da Terra, as auroras podem causar alterações nos sistemas de satélites e afetar a comunicação por rádio nos polos.
O processo que causa a aurora é parecido com a física das luzes de neon. Um elétron interage com átomos neutros e emite luzes de várias cores. O que acontece quando a aurora brilha é que as partículas vindas do Sol – em sua maioria, elétrons – são trazidas pelos ventos na direção da Terra e guiadas pelos polos magnéticos do planeta.
Quando as partículas interagem com a atmosfera da Terra, estimulam moléculas que emitem luzes. A cor das luzes depende dos gases na atmosfera terrestre (oxigênio, nitrogênio ou outros). E, quando os ventos solares são mais fortes, as auroras serão mais brilhantes. O Polo Sul é afetado da mesma forma pela atividade solar, mas existe uma diferença sazonal: no norte, a aurora é vista no inverno, quando tudo fica escuro; no sul, onde as regiões são iluminadas 24 horas por dia, não é possível identificar as luzes coloridas. No norte, a aurora boreal pode ser vista nos países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), Finlândia, Rússia, América do Norte e norte da Escócia.