Em virtude de suas potencialidades, o vidro constitui um dos materiais que mais fascina o homem. Seu aparecimento e desenvolvimento ocorreram simultaneamente à história da humanidade. Da Idade do Bronze à atualidade, o vidro tem proporcionado a criação de objetos e elementos de qualidade plástica inigualável.
A arte do vidro logo encontrou uma linguagem própria que, juntamente com o emprego de técnicas e processos específicos, permitiu a concretização de novos elementos e objetos, bastante diferentes de outras disciplinas como a arte da cerâmica, do mosaico e da lapidaria.
O desenvolvimento desse material no mundo antigo atingiu limites de perfeição que, em certos casos, ainda não foram superados. De igual modo, a análise das obras em vidro em diversos períodos da história, como o Renascimento Italiano ou o Art Nouveau, gerou importante impulso criativo, convertendo essas épocas em constantes referências devido ao espírito inovador. O exame do passado serve de base para novos caminhos.
O vidro faz um contraponto entre a fragilidade e a resistência, com ampla aplicabilidade que vai desde uma fina taça até a fachada de um arranha-céu. Com esse material, é possível afastar o ruído, o frio, o calor e a água, permitindo ainda a passagem da luz. Como não sucumbir ao fascínio do vidro?
Na arte contemporânea, as esculturas iluminadas de Loire Nissen adotam o vidro como material. Centenas de formas tensionadas e suspensas difundem a luz criando uma atmosfera de encantamento e leveza, remetendo o observador a pensar sobre as tênues linhas responsáveis pelas mais importantes ligações entre homem e universo.
A obra de Loire Nissen poderá ser visitada no Museu das Armas da Lapa, na cidade da Lapa (PR), na exposição Monocromia – Uma cor vários tons.