Em períodos de aquecimento ou em fases de retração econômica, o Brasil ainda se mostra um mercado de grande potencial no segmento de vidros planos, especialmente os de valor agregado, para os quais o País ainda demonstra grandes margens de expansão e desenvolvimento. Essa é a avaliação da processadora espanhola Tvitec, situada entre as cinco principais líderes da Europa no beneficiamento de vidros arquitetônicos de alto desempenho, ao fincar seus dois pés em terras verde-amarelas. “A Tvitec do Brasil é a principal aposta do Grupo Tvitec em seus planos para crescer na América do Sul. Queremos trazer para cá o que de melhor temos desenvolvido no mercado europeu e em outras regiões do mundo”, afirma o diretor comercial da Tvitec do Brasil, Isaac Prado.
Com uma trajetória de apenas oito anos, a beneficiadora espanhola anunciou recentemente o início das operações de sua primeira fábrica no Brasil, instalada na cidade de Mairiporã, direcionada ao beneficiamento de vidros com alto valor agregado. “Nosso intuito é ocupar novos nichos no segmento de vidros arquitetônicos, trazendo para o mercado brasileiro produtos que atendem às mais rigorosas exigências dos projetos em termos de vidros especiais”, diz o diretor.
Segundo Prado, a estratégia de atuação da Tvitec no Brasil está especialmente direcionada à produção de vidros duplos de alta performance. “Temos olhado com cada vez mais atenção para esse nicho no Brasil, um mercado pouco explorado e com muito espaço para crescimento. A ideia da Tvtec é oferecer ao mercado brasileiro uma nova opção para o uso dos vidros duplos, com níveis superiores de qualidade, estética, acabamento e eficiência energética”.
A fábrica da empresa opera no País com a garantia da marca alemã Isolar Glas em todos os seus produtos, além de oferecer respaldo integral de sua matriz espanhola em Bayo (Cubillos del Sil). Considerada a principal transformadora de vidro da península ibérica, a Tvitec conta na Espanha com um total de mais 110 mil metros quadrados de chão de fábrica dedicados ao processamento de vidros planos. “Atuando de forma autônoma, nossa unidade de Mairiporã incorpora tecnologias de última geração empregadas na matriz e em outras unidades do grupo, além das mais avançadas máquinas disponíveis no mercado mundial”, garante o diretor.
Expertise internacional
Embora a fábrica de Mairiporã tenha iniciado suas operações em junho deste ano, a presença da Tvitec em solo nacional já podia ser testemunhada muito antes disso. “Somos conhecidos neste mercado, pois já estávamos operando no País a partir da Espanha já há muitos anos”, conta Prado. Entre outros projetos de peso, a beneficiadora foi a responsável pelo fornecimento dos vidros que compõem a fachada do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, e da Torre da Petrobrás, em Salvador (BA). “Recentemente, tivemos participação no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, fornecendo vidros de alto desempenho. Estamos preparados para fornecer vidros para projetos arquitetônicos de todos os níveis de complexidade”, afirma Prado. “Queremos aportar toda a experiência da Tvitec no mercado brasileiro, oferecendo soluções em vidro que atendam a projetos e fechamentos mais complexos e eficazes”.
Além de ocupar posição de liderança no mercado espanhol (a empresa é detentora do maior centro de processamento de vidros da Espanha), a Tvitec tem expandido fortemente sua presença nos mercados canadense e norte-americano, com participação em contratos de arranha-céus envidraçados em cidades como Nova York, Miami e Calgary. No ano passado, o volume de negócios do grupo Tvitec alcançou a marca dos 58 milhões de euros, e a previsão da empresa é fechar 2015 com um patamar de vendas na casa dos 75 milhões de euros. Entre os vidros beneficiados pela empresa já comercializados no Brasil estão laminados, temperados e todas as suas variações. “Em nossa fábrica na Espanha contamos com o segundo maior forno da Europa, capaz de produzir megajumbos com dimensões de até 12000 X 3210 mm”.
Segundo Prado, a inauguração da fábrica no Brasil está inserida em um planejamento estratégico de expansão internacional da companhia. “Atualmente, mais de 65% de nossa produção é destinada à exportação, e sem dúvida os mercados latino-americano e, sobretudo, norte-americano apresentam uma preponderância cada vez maior”, revela o diretor. A empresa exporta anualmente uma média de 300 mil metros quadrados de vidro. “A planta em Mairiporã ganha importância crucial em nosso processo de expansão. Além disso, entendemos que o Brasil é um país em pleno desenvolvimento, não somente em termos quantitativos, mas também no que diz respeito à qualidade dos empreendimentos”.