Catedral de Brasília tem cobertura de 2 mil metros quadrados de vidro inteligentes

Catedral de Brasília tem cobertura de 2 mil metros quadrados de vidro inteligentes

Capa: Catedral de Brasília tem cobertura de 2 mil metros quadrados de vidro inteligentes

Construída em 1960, a Catedral Metropolitana de Brasília, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi restaurada 50 anos depois, em 2010. Na obra, todo envidraçamento externo que cobre o templo foi substituído.

 

A cobertura, desgastada e sem brilho, exibia mancha causada por uma gárgula no topo da estrutura, devido à falta de manutenção e limpeza correta. A nova cobertura recebeu aplicação de polímero hidrorrepelente para aumentar a vida útil dos vidros.

 

Os vidros antigos (temperado incolor 10 mm) foram substituídos pelo modelo laminado skn 10mm (composto por um vidro de 4 mm, filme de Polivinil Butiral (PVB) e um vidro incolor de 6 mm) que oferece alto grau de resistência.

 

Anteriormente, a temperatura interna na catedral chegou a atingir 60°C. Os novos vidros conseguem deixar a luz mais inteligente. A luz visível entra bem, mas a luz quente é barrada. A peça do tipo skn tem transmissão luminosa de 50% e coeficiente de sombra é de 0,38.

 

A Avec Design, empresa responsável por parte da reforma, utilizou a técnica do vidro encapsulado em silicone (ecoglazing), criada pela empresa, que substitui os caixilhos metálicos por sintéticos em borracha de alta consistência HTV.

 

Os painéis do vidro recebem em sua borda perfis de puro silicone. Com esse sistema, eliminam-se do laminado os quadros de alumínio, material que consome muita energia e contribui para a deterioração do meio ambiente.

 

O silicone absorve dilatação, resiste aos raios UV, a altas e baixas temperaturas e são duráveis. O trabalho foi minuciosamente elaborado, já que a cobertura da catedral tem 16 gomos, cada um com 105 medidas diferentes, totalizando 5.900 peças e cerca de 2 mil m² de vidro.