Brasília – Eficiência energética

Brasília – Eficiência energética

Capa: Brasília – Eficiência energética

Inaugurado em 1957, o aeroporto internacional Presidente Juscelino Kubitschek, de Brasília, passou por uma revisão e ampliação de seu projeto a partir de 1990. A projeção inicial da reforma era atender à demanda de 8 milhões de usuários por ano em 2008.
Porém, já em 2000, esse número chegava à casa dos 6 milhões, exigindo adaptações do projeto. “As adequações visaram atender a uma demanda que cresce além do previsto, mantendo a transparência e o aproveitamento do potencial climático por meio de ventilação e iluminação naturais”, afirma o arquiteto Sérgio Parada, responsável pela reestruturação.
O projeto de reforma, ampliação e modernização otimizou a infra-estrutura existente e viabilizou a construção em etapas, sem provocar a interrupção das operações aéreas. Paineis pré-moldados de concreto aparente, até então utilizados apenas nas fachadas, foram adotados também nos vazios internos, que receberam passarelas de blocos de vidro em pontos específicos, projetadas para que a transposição se faça sem impedir a passagem da luz natural.

“O terraço panorâmico foi ampliado em 200% para se adequar ao conceito de aeroshopping. os vidros contribuíram com o conceito do projeto de priorizar ao máximo o aproveitamento de luz e ventilação natural”

As alterações de projeto realizadas na quarta etapa não modificaram os conceitos originais do terminal. “A transparência e o aproveitamento do potencial climático foram mantidos como premissas. Com a utilização de recursos de ventilação e iluminação naturais nos saguões e no terraço panorâmico foi possível reduzir em cerca de 60% o consumo de energia”, ressalta o Sérgio Parada.
Para privilegiar a ventilação cruzada, na parte superior dos caixilhos e nos grandes sheds formados pela transposição das coberturas metálicas foram aplicadas venezianas fixas de vidro laminado incolor, com 14mm de espessura, 1.250mm de comprimento e 400mm de largura. “Essas chapas estão fixadas em perfis especiais extrudados, ancorados na estrutura metálica”, explica o arquiteto. “Para proteger a fachada da incidência solar direta foram adotados beirais e esquadrias inclinadas.”
As fachadas receberam caixilhos compostos por vidros de 14mm, laminados com duas películas de PVB e colados em perfis de alumínio com silicone structural glazing. Nas salas de embarque os vidros são fumê e no terraço panorâmico a escolha recaiu sobre vidros incolores.

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