Biseladoras: ágeis e versáteis

Biseladoras: ágeis e versáteis

Capa: Biseladoras: ágeis e versáteis

As novas tecnologias usadas para a transformação do vidro incluem um vasto e diversificado maquinário, com funções que se adaptam aos mais específicos processos de acabamento e sofrem constantes modificações em função das necessidades do mercado. Com as máquinas biseladoras, usadas para acabamentos bisotados e biselados nas bordas do vidro, não é diferente. “Hoje as biseladoras destacam-se por sua versatilidade. É possível que o mesmo equipamento que faz o bisotê no vidro execute também a lapidação. Desta forma, elimina-se a necessidade de outro equipamento para lapidação”, afirma Eduardo Tiburcio, gerente de produto da multinacional Glaston

 

De acordo com Tiburcio, tecnologias antes impensáveis têm sido aplicadas a esse equipamento, seja em biseladoras para modelados, que trabalham manualmente e são destinadas especialmente a vidros de geometria irregular, seja em biseladoras retilíneas, máquinas rápidas que trabalham com inúmeros rebolos, voltadas para alta produção e qualidade. “Neste último caso, o vidro ou espelho passam pela máquina apenas uma vez de cada lado e já saem finalizados”, informa Carlos Fuser, diretor da Glassy

 

“Parâmetros como acabamento final e velocidade variam conforme a quantidade de cabeçotes”, observa Ricardo Aragon, gerente comercial da fabricante Crismach, empresa que tem na carteira de clientes nomes como Fanavid, Pilkington, Divinal Vidros e Saint-Gobain Glass. Além das opções convencionais, a fabricante disponibiliza no mercado um equipamento desenvolvido especialmente para vidraçarias de pequeno e médio porte. “Seu objetivo é a lapidação e bisotê em peças retilíneas de modo semiautomático, isto é, a peça passa pela máquina sem a interferência do operador. Porém, por possuir apenas um cabeçote, a troca de ferramentas e suas regulagens são feitas de modo manual, como em uma biseladora de modelados”, explica o gerente.

 

Apesar da flexibilidade que oferecem, as biseladoras para modelados dependem exclusivamente da destreza do operador para que se obtenha um bom resultado final. “Por outro lado, as lapidadoras retilíneas, apesar de não terem essa mesma flexibilidade, trazem um nível de automação muito superior, com processadores que calculam automaticamente ângulo e tamanho do bisotê, além de dados estatísticos como metros trabalhados, horas de produção, entre outros”, completa Tiburcio, da Glaston.

 

CONFIRA, A SEGUIR, ALGUNS MODELOS SELECIONADOS POR VIDRO IMPRESSO E DE QUE FORMA PODEM CONTRIBUIR PARA UM ACABAMENTO SEGURO E DE QUALIDADE.

 

Gusmão BS7/20 – BS9/25 

 

Gusmão BS7/20 - BS9/25

A máquina de origem italiana da marca Schiatti Angelo e representada pela Gusmão no Brasil executa bisotê do vidro em espessuras que variam de 3 a 25mm. As peças de vidro podem medir um mínimo de 80x80mm e ter um peso máximo de 800 kg. O ângulo do bisotê é ajustável de 3° a 45 ° e a largura máxima é de 45 mm. O transporte principal é preciso e garante longa durabilidade, pois é feito sobre rolamentos e por meio de ajustes para diferentes espessuras. O vidro é transferido para a máquina por uma correia transportadora de poliuretano, controlada pelo CLP da máquina.

 

Os rebolos diamantados apresentam configurações independentes, para diferenciar a sua remoção. Já os rebolos de polimento são totalmente automatizados: o seu progresso é controlado por um eletro-pneumático acionado pelo CLP. A velocidade de processamento também é controlada por um motor de velocidade ajustável ( 0,6-3,0 m/min).

O circuito de água para a refrigeração é fechado: bombas imersas em tanques separados servem para enviar água bruta. O tanque inoxidável é equipado com bomba e misturador automático, para uma mistura contínua da água e do óxido de cério.

 

A máquina é dotada de uma série de dispositivos de segurança, fixos e móveis, para proteger o operador. A usinagem do bisotê é realizada em todos os tipos de vidro float transparente e espelhos. Modelo mais vendido atualmente, o BS7/20 oferece melhor desempenho em termos de qualidade. Já o modelo BS9/25 permite um nível de produtividade 20% maior. 

 

Crismach BRA-354

 

Crismach BRA-354

A biseladora retilínea automática BRA-354, da Crismach, tem um total de 12 cabeçotes e é indicada para processos em que é exigido um perfeito acabamento do bisotê e alta produtividade de peças bisotadas. Correias sincronizadas evitam vibrações no transporte das peças. Além disso, contam com o auxílio de inversor de frequência para variar a velocidade de transporte. As biseladoras automáticas da empresa utilizam cabeçotes robustos e de alta precisão, dotados de motores ABB, além de um eficiente modo de controle e regulagem da máquina através de CLP (Mitsubishi) e IHM (Interface Homem-Máquina), com um programa de fácil acesso e manuseio, em português. Nele, é possível modificar todos os parâmetros de regulagem do bisotê, como espessura e largura do vidro, ângulo de bisotê, espessura final da peça e velocidade de trabalho, além da possibilidade de contabilização de metros lineares executados por um determinado período. É possível, ainda, utilizar um programa especial para execução de um bisotê do tipo wave (onda). Excepcionalmente no caso da BRA-354, é possível obter, além do bisotê, uma borda simultaneamente lapidada e polida. Isso porque o equipamento é dotado de 12 cabeçotes, 4 dos quais fazem o trabalho de acabamento das bordas da peça. Dessa forma, não é preciso que a peça seja submetida a mais uma máquina lapidadora.

 

 

 

 

Glassy GY261

 

Glassy GY261

De origem chinesa, as máquinas da Glassy são vendidas a pronta entrega e oferecem qualidade similar à de produtos europeus, porém com preços reduzidos. A empresa oferece peças para reposição e assistência técnica imediatas.  
A biseladora GY261 é voltada para o beneficiamento de vidro plano retilíneo em posição vertical. Apresenta controle automático para ajustes da espessura do vidro, largura e ângulo do bisotê, bem como da borda remanescente. A máquina também opera manualmente, utilizando botões externos para o chaveamento.
Com estrutura em monobloco de ferro fundido, material recomendado na redução de ondas harmônicas tais como vibrações e ruídos, a máquina trabalha vidros com espessuras de 4 a 15 mm e dispõe de 8 posições de rebolo, entre diamantados, de resina fina, média e grossa e de feltro. 

 

Glaston B75

Líderes de mercado, as máquinas biseladoras da Glaston são acompanhadas de software dedicado para controle e monitoramento das funções do equipamento. Outro destaque é a robustez do sistema de tração, que reduz ao mínimo o tempo de parada do equipamento e garante longevidade a todo o sistema, sem a necessidade de retífica das pinças. A biseladora B75 confere ao vidraceiro produtividade com alta qualidade. A eletrônica embarcada torna o manuseio do equipamento extremamente simples. Programas pré-definidos já estão inseridos no software, restando ao operador apenas escolher o trabalho a ser efetuado. Dados estatísticos fornecidos pelo equipamento também auxiliam no acompanhamento de produtividade.Os equipamentos podem ser personalizados mediante solicitação do cliente e análise técnica do departamento de projetos da empresa. 

 

Vidramaq F351B

Vidramaq F351B

 

A biseladora retilínea vertical da Vidramaq é uma máquina robusta, inteiramente construída em ferro fundido, material indicado para máquinas isentas de vibrações. O equipamento é dotado de correntes transportadoras reforçadas, que fixam pinças metálicas recobertas com borracha de alta durabilidade. Com um total de nove mandris, a máquina leva três rebolos de liga metálica e três de liga resinóide. As três últimas posições recebem rebolos de feltro espiralado apoiados em colchões pneumáticos. A terceira posição é periférica, o que facilita o bisotê para quaisquer vidros de espessura entre 4,5 e 6mm. Ou seja, a peça sai pronta da máquina, não havendo necessidade de lapidação.