A especificação de chapas de vidro para a composição de pisos e escadas é prática recente em projetos brasileiros, mas esse tipo de aplicação, que apresenta alta complexidade técnica, já pode ser visto em obras de hotéis, museus, edifícios comerciais e shopping centers.
A utilização do vidro como material para compor pisos e escadas permite ao arquiteto conceber formas incomuns, coloridas e iluminadas. Transparentes ou opacos, esses elementos assemelham-se a tapetes de luz e podem ser especificados tanto pontualmente, em residências, como em áreas de grande circulação de pessoas.
O processo de laminação, que obedece a alguns critérios especiais, garante a alta resistência mecânica, em função das cargas distribuídas, enquanto o tipo de acabamento proporciona transparência ou superfícies diferenciadas, quando se utilizam lâminas de vidro impresso ou serigrafado. Também é possível usar uma película antiderrapante, que aumenta as condições de segurança das pessoas.
Em projetos de pisos devem ser utilizados vidros de segurança laminados, que possuem alta resistência mecânica. Caso ocorra quebra, os fragmentos ficam presos à película de PVB. As chapas podem ser temperadas ou não, porém não é permitido laminá-las com características diferentes: todas devem receber o mesmo tratamento.
O tipo de acabamento e a espessura do vidro – mínima de 20 milímetros e máxima de cerca de 60 – são determinados conforme a aplicação em piso ou em escada. “Placas muito grandes são de difícil manuseio, pois o vidro pesa 2.500 kgf/m3. Se ele for usado em locais internos, a chapa pode ser lisa. Em áreas externas, por serem muito escorregadias, o ideal é utilizar uma lâmina de vidro impresso ou serigrafado, ou ainda uma película antiderrapante”, explica o engenheiro Ricardo Macedo, da Engevidros.
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Fonte:Arco