Em outubro de 2016 iniciaram as reuniões da comissão de uma nova norma técnica, desta vez, a que vai determinar as competências mínimas de um vidraceiro e definir categorias em diferentes níveis e especialidades, novidade que tem gerado um pouco de inquietação em alguns profissionais. Para Francisco Marin, coordenador da Comissão da Norma de Qualificação do Vidraceiro, não há motivo de preocupação, pois a norma será benéfica para todos os elos da cadeia. Para o vidraceiro irá valorizar a profissão e resultar em mais vendas pela maior confiança no produto. O fabricante, por sua vez, vai ver que seu produto sendo aplicado da maneira correta.
Marin explica que, no primeiro nível de habilidade, o vidraceiro deve saber instalar o vidro e seus componentes, estudar o vão e planejar a instalação, assim como fazer manutenções, podendo analisar, inclusive, instalações de terceiros. “Temos definido nos baseando em competências. Acreditamos que no primeiro nível de habilidade o vidraceiro deva saber estudar o vão, se curvo ou fora de esquadro, verificar o substrato, se há interferências dos elementos do ambiente, verificar iluminação, saber dimensionar e registrar isso num croqui e identificar que tipo de ferragem será aplicada”, descreve.
No momento, a comissão analisa quais são os tipos de instalação mínimo, como por exemplo, saber montar quadros e molduras, fazer divisão de ambientes, guichês, espelhos de pequenas dimensões, vidros decorativos em geral, porta de correr, etc. Quem estiver nesta primeira categoria não poderia fazer instalações acima de uma certa altura, com vidros de dimensão jumbo, porque tem que entender o peso daquele vidro e o risco da instalação. A equipe está analisando, na verdade, como definir e dividir essas funções, se por tipo de instalações ou tipo de vidro, temperado, laminado, etc, ou tipos de interferências, vidros maiores, do chão ao teto, curvo.
Claudio Acedo, presidente da ANAVIDRO e diretor comercial da MANSUR, destaca que primeiramente tem que definir o que está na alçada do vidraceiro, pois, muitas vezes, este profissional é pressionado pelo cliente a desenvolver um projeto, o que, na sua opinião, é um grande erro. “A divisão entre vidraceiros executores e desenvolvedores de projetos deve ser exaltado no nosso setor. O desenvolvimento do projeto requer conhecimento de normas estrutural, resistência, pressão e por ai vai, por mais que o vidraceiro saiba muito mais que um engenheiro ou um arquiteto, ele não pode desenvolver se não foi um engenheiro ou arquiteto pois ele terá que apresentar uma ART. Quando o cliente solicita o desenvolvimento de um projeto tem que ser considerado em seus orçamentos o custo deste profissional que irá desenvolver o projeto”.
A matéria completa você confere na próxima edição da revista Vidro Impresso.