Os vidros de controle solar têm se mostrado um nicho particularmente promissor no Brasil. Em um país de clima tropical, onde não apenas os verões atingem temperaturas cada vez mais elevadas, como também o calor, em boa parte dos Estados, reina absoluto em todas as estações do ano, o produto está entre as grandes apostas dos fabricantes para os próximos anos. Em busca de constante diversificação em seus portfólios, as empresas ofertam soluções sofisticadas e de alto desempenho, capazes de equacionar necessidades relativas a estética, transmissão luminosa, grau de transparência e passagem de calor para dentro dos ambientes.
É o caso da multinacional Guardian, que agregou mais uma opção a sua já conhecida linha SunGuard, composta por vidros com revestimento metálico de alta resistência, responsável por reduzir a entrada de calor solar em até 80%. Desenvolvidos no Brasil, para atender a demandas específicas dos projetos atuais, os novos vidros refletivos da linha serão produzidos na unidade fabril de Porto Real, no Rio de Janeiro, e oferecem cores uniformes em qualquer ângulo de visão. Projetados com a tecnologia de design “True Color”, garantem maior fidelidade à tonalidade do produto original, mesmo após o processo de laminação. “Os diferenciais deste lançamento estão no design e na pureza das cores, sem o efeito amarelado que ocorre com outros tipos de vidro refletivo. Trata-se de um fator que nem sempre é visto como problema, mas que se torna evidente quando comparamos os produtos disponíveis hoje no mercado com os novos integrantes da linha SunGuard”, afirma o gerente de marketing Renato Sivieri.
Fabricados nas cores Blue (azul), Chrome (prata) e Neutral (incolor), os novos vidros garantem bloqueio de até 56% na entrada do calor solar, oferecem proteção contra raio UV e são indicados para uso em fachadas, sacadas, varandas, portas e janelas. “A fidelidade de cor é mantida mesmo após o vidro ser laminado”, ressalta Lamartiny Gomes, gerente de produtos residenciais da Guardian. “Esta é uma grande evolução para vidros refletivos, que em 90% dos casos passam por laminação, processo que adiciona uma tonalidade amarelada ao produto, descaracterizando o projeto original. Nosso novo portfolio é à prova de qualquer efeito amarelado, possibilitando estética diferenciada ao empreendimento.”
Potencial
De acordo o gerente, o foco da Guardian no mercado de arquitetura são os vidros refletivos, para aplicação principalmente em fachadas residenciais e comerciais. “O mercado de vidros planos no Brasil vem apresentando considerável evolução nos últimos anos e ainda tem grande potencial de crescimento, principalmente no que diz respeito ao mercado residencial, que é um novo nicho para este produto”, comenta o gerente.
Segundo Gomes, a demanda por vidros de controle solar tem aumentado muito nos últimos anos, e a tendência é de que cresça cada vez mais, não somente por questões estéticas, mas sobretudo pela versatilidade do produto. “O mercado está em constante mudança, e as empresas devem estar preparadas para elas, adaptando-se às novas necessidades e ao nível crescente de exigência dos projetos. Outro ponto importante é a busca por eficiência, que torne a produção mais competitiva.”
“No segmento comercial, o Brasil caminha em pé de igualdade em relação ao resto do mundo em relação à quantidade usada por empreendimento”, diz o gerente. “A diferença é que aqui ainda se utiliza muito a primeira geração de vidros coating, fabricados com tecnologias online ou pirolíticas, que apesar de mais baratas, não apresentam a mesma uniformidade estética e confiabilidade de performance ao longo de toda fachada em relação ao processo off-line (sputtered coater).”
Em obras maiores e em grandes centros urbanos, lembra o gerente, já se verifica uma migração para produtos com uma camada de prata, que normalmente oferecem melhor performance seletiva, ou seja, que permitem passar mais luz e devolvem o calor que incide no vidro. “Já no segmento residencial, a escolha desse produto normalmente ocorre mais em função da estética e menos em função dos atributos técnicos, como reflexão interna e externa do vidro, fator solar e transmissão luminosa”, aponta Gomes. “No mundo, a escolha é mais equilibrada entre performance e estética e pouco se utiliza o vidro refletivo de primeira geração (pirolítico), com exceção dos países emergentes e do Oriente Médio.
Outro foco de atuação que assume importância estratégica para os negócios da Guardian no Brasil é o de interiores. Neste segmento, o mercado de espelhos se apresenta como o mais representativo. “A empresa vem trabalhando também para ampliar o fornecimento de produtos com maior valor agregado, como vidros refletivos, acidados, pintados e antirreflexo.”
“O mercado de vidros planos no Brasil vem apresentando considerável evolução nos últimos anos e ainda tem grande potencial de crescimento, principalmente no que diz respeito ao mercado residencial, que é um novo nicho para este produto”