Uma tecnologia de ponta, amparada por profissionais altamente qualificados e softwares e hardwares de última geração, está por trás das máquinas, equipamentos e sistemas disponibilizados ao setor vidreiro pela italiana Bottero, a única no mundo a atuar em todos os campos e etapas da produção do vidro, tanto o plano como o oco.
“A Bottero detém completa expertise em processos de corte, lapidação, furação, centro de usinagem, sistemas automáticos inteligentes de estocagem de vidros, linhas para a produção de vidros laminados e vidro float, além de máquinas e instalações para a fabricação de garrafas”, afirma o diretor da empresa no Brasil, Ézio Cabib. E acrescenta: “Temos nos concentrado cada vez mais na estratégia de dominar todas as etapas e processos da fabricação do vidro, desenvolvendo máquinas de ponta tanto para grandes fabricantes como para pequenos processadores”.
Segundo Cabib, esse tem sido o principal fator a fortalecer a reputação da Bottero no plano mundial, em um setor repleto de particularidades em cada uma de suas segmentações. “De um modo geral, nossos concorrentes atuam em campos específicos, enquanto nós estamos presentes em todos. Isso nos confere um importantíssimo diferencial de mercado e uma alta capacidade de inovação”, comenta o diretor.
Expertise universal
Com mais de meio século de tradição, a Bottero conquistou ao longo dos anos um status comparado a raras marcas do ramo vidreiro, tendo se tornado uma verdadeira grife do segmento de máquinas para vidro. A empresa é líder mundial em linhas de fabricação de laminados, em diferentes escalas. “A Bottero tanto fabrica equipamentos para gigantes da base industrial vidreira como para pequenos temperadores que se iniciam na produção de laminados e, portanto, requerem máquinas mais flexíveis, compactas e com menor grau de automação”, diz Cabib.
O diretor ressalta, porém, que os equipamentos voltados para produção em menor escala têm como base a mesma tecnologia empregada nas grandes linhas. “O princípio de funcionamento, grau de qualidade e nível técnico dos componentes são os mesmos. O que está por trás de cada máquina são exatamente os mesmos processos produtivos e a mesma tecnologia”, frisa Cabib.
Entre as plantas que operam com linhas de laminação da empresa, o diretor cita as da Cebrace, AGC, Guardian, Saint-Gobain – considerada um cliente de peso em todos os segmentos, inclusive o do vidro oco, no qual atua com o nome de Verallia –, e da estreante Vivix, cuja fábrica, inaugurada recentemente, exibe a marca Bottero em inúmeros equipamentos. “A linha de float da Bottero é considerada uma das mais modernas do mundo”, diz Cabib. “Todas essas grandes fabricantes confiaram à Bottero suas linhas de produção tanto de float como de laminados, atestando quanto a empresa é vista pelo mercado como sinônimo de alta tecnologia”, comenta o diretor.
Além das linhas de laminados, os equipamentos da empresa vão do corte à produção de insulados, passando por sistemas inteligentes de armazenagem, lapidação e CNC (Centros de usinagem). A divisão Engeneering é responsável pelo desenvolvimento customizado das linhas de float. Uma equipe de engenheiros com diferentes especialidades, apoiados por softwares de alta tecnologia, desenvolvem cada projeto de acordo com a demanda e configuração da fábrica, informa o diretor da Bottero.
Tecnologia, pesquisa e desenvolvimento
Para dar conta de sua amplitude de atuação, a empresa dispõe de uma estrutura composta por unidades fabris, escritórios e centros de pesquisa na Itália e em outros países, incluindo duas fábricas na China. A produção dessas unidades é exportada para mais de 85 países. Nos sete Centros de Pesquisa e Desenvolvimento, cinco na Itália, um na Alemanha e outro na China, um corpo técnico liderado por mais de 120 engenheiros dedica-se ao desenvolvimento de novas tecnologias para atender a crescente e exigente demanda do setor.
“Esses centros utilizam hardwares e softwares extremamente avançados, capazes de realizar cálculos matemáticos precisos, simular situações de fadiga, movimentação das peças na máquina e outras situações”, explica Cabib. Segundo ele, tais cálculos são imprescindíveis para garantir a qualidade, a segurança e o desempenho do produto. “Esses cálculos estruturais de operação das máquinas estão ligadas a um complexo sistema de hardware composto por 416 CPUs, que permitem fazer simulações com base em mais de 5 milhões de elementos. Para que se tenha uma ideia do grau de complexidade envolvido, basta comparar com o número de dados incluídos na simulação de uma acidente de carro, em torno de 1 milhão”, observa Cabib.
Da Itália para o Brasil
Fundada na Itália em 1957, a Bottero acompanhou todo o crescimento do setor vidreiro, primeiramente na Europa e em seguida mundo afora, sempre se destacando pela tecnologia empregada na produção de suas máquinas. “Ao longo de todos esses anos, são inúmeras as invenções e patentes depositadas pela Bottero. A empresa foi a primeira a lançar a mesa para cortar e destacar automaticamente chapas de vidros laminados e a primeira a lançar um sistema a laser de cópia de molde nas mesas de corte de vidro monolítico (shape scanner)”, cita Cabib.
No Brasil, a história da Bottero no setor vidreiro passa de 20 anos, conta o diretor. “Inicialmente a empresa era representada pela Makivetro, empresa da qual eu era proprietário, e desde 2005 atua com uma filial em Diadema, no ABC paulista”, lembra. “Com o tempo, a empresa tornou-se referência em qualidade, confiabilidade e pós-venda. Afinal, não adianta ter bom equipamento se ele não for apoiado por uma eficiente assistência técnica. Cientes desse fato, contamos hoje com uma equipe de seis técnicos orientados por um gerente vindo da Itália, responsável por dar um suporte telefônico e cuidar da programação das visitas aos clientes, além de assegurar que o estoque de peças esteja sempre adequado às necessidades do parque de máquinas instalado”, salienta.
As apostas no mercado brasileiro são altas, diz o diretor. “A chegada de dois novos fabricantes de vidro vai significar mais oferta do produto para um mercado que tem crescido sensivelmente nos últimos anos, mas onde o consumo por habitante ainda é baixo em relação à média europeia, o que aponta um ótimo potencial de expansão”, observa. Este ano, as atenções da empresa estão voltadas sobretudo para a Glass South America, evento que, segundo o diretor, ganha importância a cada ano, não somente na América Latina como em âmbito mundial. “A Glass já é o maior evento do setor na America Latina, com boa chance de ser o maior das Américas, pelo menos no que se refere a equipamentos”, conclui Cabib.