Minimalista, sofisticada e contemporânea. Assim pode ser resumida a residência Villa a Como, localizada no pitoresco Lago de Como, na Itália. Resultado de um amplo projeto de restauração comandado pelo escritório italiano Marco Piva, a residência explora o vidro nas mais diversas aplicações, do fechamento externo aos detalhes decorativos. “A construção estava muito degradada e completamente abandonada. Por isso exigiu, antes de tudo, restaurar todas as sebes para então substituir o telhado, reconstruir as camadas de impermeabilização e remover todos os pavimentos, tanto os internos quanto os do terraço e da varanda”, diz o arquiteto Marco Piva, que assina o projeto.
Além disso, o projeto exigiu a adaptação dos materiais aplicados nos pisos e divisórias internas e uma nova configuração para a distribuição dos ambientes. “Para isso, todas as paredes internas e externas foram demolidas e reconstruídas com as espessuras adequadas”, diz o arquiteto.
Segundo ele, o conceito central que norteou o projeto foi a transparência. A busca por um estilo contemporâneo e alternativas construtivas que favorecessem o desenvolvimento da obra em plena conformidade com o meio onde estava instalado traduz a alma do projeto. “Além de entender o que o cliente queria, a concepção do projeto se baseou na atmosfera opulenta e nos ares de tranquilidade e conforto que a vila inspirava”, afirma Piva.
A parte interna das esquadrias é composta por madeira, e a externa por perfis de alumínio com sistema Thermal Break
O elemento chave da residência, descreve o arquiteto, é a continuidade que se estabelece entre a estrutura central e seus sistemas de vigamento e fixação, que privilegiam cores claras e materiais naturais, em plena harmonia com as áreas verdes ao redor. “O fechamento envidraçado, aliado a uma decoração clean também amparada pelo vidro, foi a resposta óbvia para atingir esse objetivo de proporcionar, a quem está no interior da casa, um cenário global prazeroso, elegante e confortável.”
A harmonização com a natureza foi obtida por meio de aberturas de vidro, que, além de preencherem integralmente a fachada da casa, figuram também em todas as suas faces. “O vidro é o material predominante e de maior importância no projeto”, diz Piva. “É por meio dele que ocorre toda a interação dos usuários com a privilegiada natureza do entorno, tomando partido dela e agregando-a à residência.”
Internamente, os vidros estão presentes nos guarda-corpos, divisórias e em boa parte do mobiliário. A empresa responsável pelo fornecimento e instalação das aberturas de vidro foi a italiana Korus, especializada em portas e janelas de alumínio e madeira. Os vidros foram aplicados em esquadrias de modelo Skywarm, que aliam a resistência do alumínio às características de conforto e aconchego conferidas pela madeira. Para garantir proteção integral contra as baixas temperaturas que a região atinge no inverno, os perfis contam com sistema thermal break, conhecidos em português como perfis de corte térmico. “A parte interna é composta por madeira e a externa por alumínio”, explica Ugo Ottaviani, representante comercial da Korus. “O alumínio externo garante perfeito isolamento termoacústico. O sistema thermal break inclui uma camada de poliamida altamente isolante entre os perfis.”
A escolha dos vidros, informa Ottaviani, recaiu sobre os temperados duplos insulados e low-e, fabricados pela própria empresa seguindo as rigorosas normas europeias. “No caso dos insulados, o objetivo foi reduzir as perdas de calor para o ambiente externo e garantir maior desempenho acústico da construção”, afirma Sabrina Zanghettin, gerente de projetos do escritório Marco Piva. “Os vidros de baixa emissividade também foram aplicados com o intuito de reduzir as dispersões térmicas e garantir uma economia significativa de energia”, completa Sabrina.