Com um portfólio de mais 50 modelos da Schiatti Angelo, a Gusmão destaca a linha de lapidação vertical turnover como a grande inovação do momento. A unidade turnover foi projetada para ligar duas ou mais lapidadoras/bisseladoras retilíneas e oferece a função de girar em 90° as placas de vidro. A operação do braço rotativo é totalmente automática e controlada por um CLP: a placa é direcionada para o transportador, onde fotocélulas vão deduzir as quotas. Os dados são então enviados para o CLP, que os processa e autoriza a primeira máquina a começar o ciclo de trabalho. Após a fase de lapidação do primeiro lado, a placa de vidro é transportada em direção à unidade turnover. As ventosas montadas sobre o braço rotativo bloqueiam a placa e a empurram contra a estrutura da unidade. De acordo com as dimensões detectadas, o CLP ativa as ventosas necessárias para apoiar a placa durante a rotação. O CLP também controla um sistema para a temporização do ciclo de lapidação; além disso, o sistema impede que, durante a rotação da placa, o turnover possa colidir com outras placas previamente manipuladas.
Um vasto maquinário integra o portfólio das empresas especializadas em tecnologias para o acabamento do vidro plano. Entre os principais destaques estão as lapidadoras, que agregam funcionalidades voltadas às mais específi cas necessidades do mercado. “Os avanços no setor buscam economia de mão de obra, com máxima automatização dos equipamentos e redução do tempo para regulagens ou manutenções”, afirma Neide Gusmão, da Gusmão Representações. “Regulagem automática da espessura do vidro e tamanho dos filetes, lubrifi cação automática de partes móveis e a possibilidade de usar o mesmo rebolo em diversas espessuras nas máquinas copo são alguns exemplos.”
Além dos equipamentos manuais, o mercado oferece dois tipos de modelos automáticos. As lapidadoras periféricas, mais antigas e difundidas, permitem a lapidação em diversos formatos de borda, com a substituição do conjunto de rebolos para cada espessura e formato. “Para acabamento tipo reto com filetes, elas propiciam ótima apresentação e acabamento”, informa Ricardo Aragon, gerente comercial da Crismach. Já as lapidadoras copo, mais modernas, permitem o beneficiamento de diversas espessuras sem a troca dos rebolos, mas sempre no perfil reto. “As periféricas têm como principal ponto positivo a velocidade de produção de 10% a 20% maior. Paralelamente, as lapidadoras tipo copo estão se tornando maioria entre beneficiadores por oferecerem acabamento perfeito”, compara Marcelo Jauch, diretor da Deway.
“As máquinas periféricas reúnem baixo custo, excelente produtividade, acabamento razoável e alto índice de manutenção”, destaca Gabriel Andrade, diretor da Agmaq. “Já os modelos tipo copo representam alto investimento e oferecem padrão de acabamento de acordo com a configuração da máquina, isenta de setup, com baixo índice de manutenção e produtividade razoável.” Além das máquinas retilíneas, existem também as lapidadoras bilaterais. “Estas são recomendadas para empresas que procuram linhas 100% automatizadas com produção seriada”, informa Aragon, da Crismach.
Confira, alguns modelos selecionados por Vidro Impresso e seus diferenciais.
USE-MAK USE-PC 600
Fabricada com blocos mais espessos e correntes maiores e mais reforçadas do que as tradicionais lapidadoras periféricas, o modelo proporciona mais velocidade e um excelente acabamento, inclusive em peças grandes, que é a tendência de mercado atual.
Projetada e desenvolvida com tecnologia moderna, com painel de controle posicionado acima da máquina para melhor visualização do operador e preservação dos instrumentos, a máquina busca atender a uma tendência de mercado que é a lapidação reta, mas com boa velocidade de produção, mantendo ainda condições de executar a lapidação tradicional (meia cana). Além da versatilidade, o produto oferece agilidade na operação da mudança de espessuras dos vidros de até 12 mm, bastando para isso acionar o botão no painel, sem necessidade de troca do rebolo.
CRISMACH LRC-ZB9
As lapidadoras tipo copo da Crismach variam entre 4 e 11 cabeçotes. Versáteis, podem trabalhar com vidros de diversas espessuras sem a necessidade da troca dos rebolos. A regulagem para troca das espessuras é rápida e fácil, bastando digitar a espessura no painel para que a máquina se ajuste. O modelo LRC-ZB9 oferece um ótimo acabamento e brilho final, trabalha até 6 metros de vidro por minuto e pode ser usada em todos os segmentos, da engenharia à indústria moveleira. Além disso, a empresa está lançando no Brasil o modelo com ângulos variáveis, que permite que o acabamento de lapidação seja feito entre 0 e 60° com um perfeito polimento, ideal para a indústria moveleira.
DEWAY DZM9P
A Deway conta com uma ampla gama de lapidadoras periféricas e tipo copo. Os diferenciais destacados pela empresa são a qualidade dos componentes, o treinamento oferecido para operação das máquinas e assistência técnica. A lapidadora copo modelo DZM9PO oferece vantagens no acabamento fi nal, maquinário com tanque de óxido de cério separado, que possibilita um super brilho na lapidação do vidro, e operação por comando CLP. O equipamento permite trabalhar vidros de 3 a 28 mm.
GLAMATEC SZM8325/9325
O modelo em destaque no portfólio da Glamatec conta com estrutura robusta em ferro fundido, esteira de entrada e saída do vidro motorizada com corrente e sapatas de borracha, sistema de encosto do vidro com guias de alumínio com rodas de PU (poliuretano) e pintura da estrutura e fundo em tinta epóxi de ótima resistência à corrosão. A caixa de cobertura dos rebolos é feita em aço inox com visor em acrílico, para facilidade na troca dos rebolos. Com controle de velocidade de transporte variável, por meio de variador mecânico, é dotada de botoeiras independentes para acionamento dos motores de lapidação e polimento, além do transporte e bomba. Os amperímetros indicativos são independentes para cada motor no frontal da máquina.
AGMAQ RT 10
A empresa comercializa lapidadoras manuais, retilíneas e bilaterais com rebolo copo. A retilínea com lava pinças (foto) tem como principal vantagem eliminar a necessidade de limpeza periódica das pinças, preservando as peças de manchas e riscos. O sistema é composto por uma escova motorizada para o bloco anterior e posterior e uma caixa d’ água com bomba, isolada da caixa d’ água de refrigeração dos rebolos. De simples operação, oferece versatilidade na lapidação por trabalhar peças de 40 x 40 mm até 6.000 x 3.300 mm. Além disso, disponibiliza opcionais que auxiliam em diferentes processos (cavalete estendido, apoio do cavalete alto e embreagens).