Foi a partir da idealização de um mundo paralelo, em que tecnologias de imagem em movimento ainda não foram inventadas, que o artista visual canadense Mark Lewis concebeu a obra “Invention”, maior instalação da 31ª Bienal de Artes de São Paulo. A mostra, que será aberta no dia 6 de setembro, traz o tema “como aprender com coisas que não existem”.
Com estrutura em metal proeminente, a obra de Lewis, que contou com o patrocínio daGuardian, uma das maiores fabricantes de vidros e espelhos do mundo, contém mais de 300 m² de vidros de tamanhos variados que, combinados de maneira extremamente criativa, formam uma instalação que impressiona por suas grandes proporções. “O objetivo é fazer com que os espectadores vivenciem diferentes pontos de vista, levando-os a experiências, sensações e reflexões únicas sobre as imagens que se formam através do vidro”, explica Renato Sivieri, gerente de comunicação da Guardian.
Para que conseguisse traduzir sua proposta, Lewis utilizou o Guardian Gray, um tipo especial de vidro fumê fabricado com exclusividade pela Guardian. No total, a empresa doou ao artista plástico mais de 100 lâminas de vidros com dimensões que variam de 1,657m por 0,99m até 2,89m por 1,657m. Desse total, 204 m² são de vidros laminados e temperados, para aplicação em uma espécie de caleidoscópio, que integra a instalação, e o restante (118,08 m²) é de vidro curvado e lapidado.
“A criação deste mundo imaginário, pelas mãos do Mark, reforça a posição do vidro como um dos materiais que melhor representam o estilo contemporâneo na construção de edifícios ou ambientes internos”, acrescenta Sivieri. Segundo ele, as múltiplas aplicações do vidro só têm se tornado possíveis devido à alta tecnologia de fabricação do produto, desenvolvida por empresas como a Guardian. “Lançamos novos produtos todos os anos. Isso vem contribuindo para consolidar a utilização do vidro nos mais diversos setores e para diferentes aplicações”.
Um dos mais renomados artistas visuais do Canadá, Mark Lewis começou sua carreira como fotógrafo, fazendo parte do movimento de fotografia conceitual da Escola de Vancouver, nos anos 80. Muito do seu trabalho foca a tecnologia de película e outros diferentes gêneros de reprodução de imagem em movimento, que marcaram a história do cinema. Em 2009, representou seu país na Bienal de Veneza e foi também alvo de retrospectiva no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Este ano, além da Bienal de São Paulo, terá uma mostra individual no Museu do Louvre, em Paris.