Com o mote “Uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco”, o 4º Rio Negócio Vidro debateu a importância do conhecimento para todos os componentes da cadeia do vidro sobre seu valor agregado.
A produção de vidros planos no Brasil cresceu de 500 ton/dia para 7.000 ton/dia. Já a produção de vidros laminados saiu de zero para 50.000 m2/mês nos últimos 24 anos. Neste mesmo período, a produção de vidros temperados aumentou de 6 mil m2/mês para 300 mil m2/mês.
A indústria vidreira vem apresentando crescimento maior que o PIB nacional, e os números poderiam ser ainda mais relevantes se houvesse um maior entendimento do vidraceiro, que comercializa o produto. Todos, dos fabrincantes e especificadores a entidades e mídias do setor, são responsáveis por essa capacitação e divulgação de informações sobre os produtos para melhores resultados do mercado vidreiro.
“É importante reforçar que a comunicação entre a indústria e os vidraceiros se dá por intermédio dos transformadores de vidro, pois são eles que comercializam o item mais forte da cadeia, que é o vidro”, afirma Sergio Koloszuk, diretor comercial da Alclean. “A cadeia precisa vender mais produtos com valor agregado, precisa divulgar novas tecnologias e incentivar a formação de base de mão de obra”, completa.
Nelson Libonatti Jr., diretor geral da Glassvetro, diz que “o evento serviu para ratificar o que já estamos fazendo, ou seja, atribuir valor aos nossos produtos utilizando para isso muito treinamento, informação e parceria com empresas que pensam da mesma forma”.
Mais de 80 empresas estiveram presentes
Realizado de 3 a 5 de abril, o evento, organizado pelo Sincavidro (Sindicato do Comércio Atacadista de Vidros Planos, Cristais e Espelhos do Rio de Janeiro”, recebeu cerca de trezentos participantes. Estiveram presentes representantes de mais de 80 empresas de todo Brasil, entre elas Saint-Gobain, Cebrace, Guardian, AGC, Vivix, Glass Peças, Alclean, Abrasipa, Diamanfer, Glass Vetro, Tec Vidro, UBV (União Brasileira de Vidros), Glaston e New Temper.
“Além de contar com a participação de empresas representativas do estado do Rio de Janeiro, o evento apresentou uma produtividade de conteúdo muito grande. Existe um lado, que é o comercial, pois durante o encontro conhecemos novos possíveis clientes e reencontramos os amigos. Há também o lado da atualização de nossa visão do mercado, pois é raro encontrar tanta gente representativa, ao mesmo tempo e em um único fim de semana”, descreve Sergio Koloszuk.
No dia 4 de abril, segundo dia do evento, também foi empossada a nova diretoria do sindicato. Antônio Skardanas será presidente pelos próximos quatro anos, e Vinícius Marques e Roberto Ferreira da Silva serão o primeiro e segundo vice-presidente, respectivamente.
Palestras
O ciclo de palestras contou com apresentações das empresas Guardian, UBV, Glaston, Cebrace, Saint-Gobain, Alclean, Vivix e AGC, que expuseram seus produtos e dados do mercado. As duas últimas chamaram a atenção pelas ações diferenciadas e inovadoras que criaram momentos de descontração.
Enquanto a Vivix fez um talk Show no estilo Jô Soares, onde o apresentador José Ricardo entrevistou o presidente da empresa, Paulo Drummond, que por sua vez teve um excelente desempenho ao falar dos planos da Vivix e apostas no mercado, a AGC teve uma atitude inusitada ao trazer seus garotos propaganda ao encontro: as araras Rui e Nicolau.
“Todos os temas foram muito atuais e relevantes para o momento que o setor atravessa. Acho que eles servem pra abrir a visão dos empresários presentes, que preço baixo é sinônimo de commodities e o que interessa é agregar valor aos produtos e serviços”, conta Nelson Libonatti Jr., da Glassvetro.
Para Daniel Leicand, diretor executivo da Abrasipa, as grades de palestras deste ano foram excelentes e muito criativas. “Todos os temas foram importantes com destaque para as boas campanhas de marketing das principais indústrias do setor e a preocupação de todos com o bom aproveitamento dos recursos e redução de perdas no processo, assunto em que a Abrasipa está bem envolvida”.
Sergio Koloszuk, da Alclean, ressalta que como em qualquer outro setor, o vidreiro oferece oportunidades, mas também problemas. “Acho que o mais importante de tudo foi o entendimento de que o vidro não é um produto fim. O vidro não flutua. O vidro, para ser instalado, precisa do alumínio e das ferragens. Empresas como a Alclean produzem alumínios, porém são vendedoras de vidro, e assim devem ser encaradas pelo setor”.
Ao final dos debates e apresentações, o Sincavidro organizou um quiz com perguntas que deram prêmios aos participantes com melhor desempenho. O sindicato também disponibilizou atividades de lazer no Portobello Resort & Safari, hotel escolhido para sediar o 4º Rio Negócio Vidro, localizado em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro.