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Arquitetura e Vidro

Vidros fotovoltaico geram energia limpa e criam um mercado com grande potencial de crescimento

Uma das tecnologias mais modernas, os vidros fotovoltaicos, além de proporcionarem conforto térmico aos usuários e favorecer a iluminação natural, produzem energia limpa através da luz solar

18/08/2018

A indústria tem se desenvolvido a cada ano para criar soluções que tragam conforto e economia aliados à aplicação do vidro. Uma das tecnologias mais modernas são os painéis de vidro fotovoltaico, que produz energia limpa. O desenvolvimento dessa tecnologia enfrentou alguns desafios, como transformar o calor da luz solar em eletricidade sem alterar as características do vidro, causando opacidade ou mudanças de cor. Outro desafio foi chegar em um bom índice de conversão desta energia natural em energia elétrica aproveitável. 


Instalação de uma fachada de vidro fotovoltaico com a tecnologia Calyxo da Tek Energy

O Dubai Frame é um impressionante edifício em forma de quadro retangular de 150 metros de altura por 105 metros de largura localizado no parque Zabeel em Dubai. A Onyx Solar® participou deste projeto com a integração na fachada de 1.200m2 de vidro fotovoltaico de silício amorfo. Cerca de 2.500 chapas de vidro triplo laminado de 485 x 985mm foram fabricados em um tom amarelo.



 Os vidros fotovoltaicos possuem inúmeras vantagens e se pagam ao longo do tempo, pois produzem eletricidade, melhoram o isolamento térmico do edifício economizando assim energia em ar condicionado e ainda ajudam a reduzir a poluição sonora. Com a tecnologia disponível hoje é possível ter esses benefícios sem perder luminosidade, já que o vidro mantém seu nível de transparência.

O material pode ser integrado em janelas, clarabóias, fachadas e até em pisos. Uma tendência são as fachadas pele de vidro com a tecnologia dos vidros fotovoltaicos, que adquirem ampla funcionalidade. “Uma pele de vidro tradicional tem papel estrutural e decorativo quando substituímos as paredes de alvenaria. Agora passa a desempenhar estas duas tarefas e ainda por cima gera energia”, ressalta Sergio Koloszuk, diretor comercial da Alclean.

Atualmente existem diversas tecnologias disponíveis no mercado, uma delas é a tecnologia alemã Calyxo. O vidro fotovoltaico é constituído por lâminas de células fotovoltaicas de silício, um elemento semicondutor instalado em vidros. No caso dessa tecnologia alemã a geração de energia é feita a partir de um filme feito de Telureto de Cadmio (CdTe), um elemento que possui uma performance diferenciada, especialmente em dias nublados ou condições adversas. 




Esta inovadora clarabóia fotovoltaica de 2.500 m2 foi instalada como uma segunda pele na nova sede da a Novartis Pharmaceutical em New Jersey, Estados Unidos. A claraboia é composta por 820 vidros fotovoltaicos de 1511 x 1931mm, fabricados com células cristalinas perfuradas que permitem a entrada de luz natural

Atualmente existem diversas tecnologias disponíveis no mercado para sua produção. Uma delas é a tecnologia alemã Calyxo. O vidro fotovoltaico é constituído por lâminas de células fotovoltaicas de silício, um elemento semicondutor instalado em vidros. No caso dessa tecnologia alemã a geração de energia é feita a partir de um filme feito de Telureto de Cadmio (CdTe), um elemento que possui uma performance diferenciada, especialmente em dias nublados ou condições adversas.

“O filme tem uma espessura muito fina e fica entre duas lâminas de vidro (temperado e laminado), formando uma única peça de vidro que pode perfeitamente ser utilizada em fachadas, tal qual como o conhecido na aplicação em Glazing. Com o filme protegido entre os vidros, a peça pode ser aplicada em perfis de alumínio para a sua instalação”, explica Douglas Salgado, diretor comercial da Tek Energy, desenvolvedora da tecnologia Calyxo.

Salgado conta que o processo fotovoltaico consiste em gerar energia nas células a partir da luz solar. “Neste caso, a cor preta da tecnologia favorece a captação de todos os raios do espectro fazendo as partículas oscilarem e produzirem energia elétrica em corrente contínua, que depois será convertida em corrente alternada pelos inversores. Dessa forma, poderá ser utilizada pelos equipamentos elétricos do imóvel”. 

O edifício da Universidade de Valladolid foi concebido sob princípios de arquitetura sustentável e incorporou várias medidas de geração de energia, entre os quais está a integração de duas claraboias e parte de uma parede de cortina fotovoltaica da Onyx Solar®. O vidro utilizado, além de ser fotovoltaico e gerar energia, é de baixa emissividade (low-e) e tem baixa transparência. A aplicação contribuiu para o edifício obter a certificação.

O Banco ING optou pela tecnologia Onyx Solar® com a integração de uma clarabóia de vidro fotovoltaica no jardim central da sua sede em Las Rozas, em Madrid, na Espanha. A clarabóia, cuja superfície tem mais de 200m2 , é composto de 80 chapas de vidro de silício amorfo com uma transparência média e dimensões de 2560 x 1176mm.

O projeto de reabilitação do histórico Mercado de Abastos de Béjar, em Salamanca, na Espanha, recebeu uma clarabóia fotovoltaica de 176m2 , que combina vidro em silício amorfo de diferentes graus de transparência e cores para formar um mosaico inspirado no neoplasticismo de Piet Mondrian.



A energia é armazenada na própria rede da concessioná - ria e não há a necessidade de baterias. O relógio é bi-di - recional e marca a energia que entra e a que sai, propor - cionando um sistema de compensação, conforme explica Koloszuk, que fez uma parceria com a Tek Energy, sedia - da em Santa Catarina, para viabilizar e ampliar as possi - bilidades de atuação de instalação de fachadas pele de vidro fotovoltaico por profissionais no Brasil. A Alclean criou o mesmo sistema de habilitação e rede de fornece - dores feitos no Sistema Glazing, uma iniciativa pioneira no mercado brasileiro.

A nova sede do Instituto Canário Superior de Estudios, localizada em Las Palmas de Gran Canaria, na Espanha, conta com toda a tecnologia de vanguarda que o transformou no primeiro edifício LEED Platinium do arquipélago das Canárias. A Onyx Solar® contribuiu neste projeto com um sistema de persiana de vidro fotovoltaico de silício amorfo integrado verticalmente na fachada. É um vidro triplo laminado de quase 3 metros de comprimento e meio metro de largura que conta com um grau médio de transparência e que foi combinado com vidros inativos para dar ao edifício uma estética singular na forma de mosaico. A instalação de uma dupla pele na fachada deste edifício da multinacional farmacêutica Pfizer cria um mosaico pixelizado de vidros com diferentes tonalidades e tamanhos.

A fachada tem uma área de 550m 2 formada por vidros de silício amorfo com transparência média, que, além de gerar energia limpa, também proporciona isolamento térmico e acústico. “Em breve teremos os cursos para capacitação, neste momento estamos treinando os instrutores. Estamos trabalhando em alternativas para integrar o mercado vidreiro ao fotovoltaico há cerca de dois anos. Hoje existem cerca de 3.500 integradores, como são chamados os instaladores deste novo mercado. Vidraceiros são mais de 150 mil. No momento que faltar mão de obra para as instalações, serão os vidraceiros que poderão absorver esta demanda”, avalia o diretor comercial da Alclean. Este tipo de material obviamente é mais caro que um vidro comum, porém, com seus benefícios e geração de energia acaba se pagando em poucos anos.

Depende do tamanho, mas em média o adicional é de cerca de 20% no momento da instalação, de acordo com Koloszuk, um mercado bastante promissor em sua opinião. “O mercado fotovoltaico tem crescido 300% ao ano, mesmo durante a crise”, destaca. O vidro fotovoltaico pode ser persona - lizado em forma, tamanho de cor, es - pessura e grau de transparência, o que facilita sua integração em qualquer tipo de projeto e design. É possível agregar outras tecnologias ao vidro fotovoltaico. A Onyx Solar®, por exemplo, desenvol - veu um vidro fotovoltaico low-e, que, além de gerar energia limpa graças ao sol, é um vidro de baixa emissão.



Este projeto faz parte da reabilitação do mercado de San Antón, localizado no centro de Madri. Uma claraboia de 168m2 composta de vidro fotovoltaico low-e transparente permitiu, além da valorização da iluminação natural, a geração de energia elétrica, a filtragem da radiação solar e isolamento térmico e acústico.



O vidro fotovoltaico pode ser personalizado em forma, tamanho de cor, espessura e grau de transparência, o que facilita sua integração em qualquer tipo de projeto e design. É possível agregar outras tecnologias ao vidro fotovoltaico. A Onyx Solar®, por exemplo, desenvolveu um vidro fotovoltaico low-e, que, além de gerar energia limpa graças ao sol, o é um vidro de baixa emissão.

O vidro é mais isolante e garante ainda mais eficiência na qualidade de vida e na economia de energia. O material filtra 99% da radiação ultravioleta, protegendo os usuários e móveis, que se desgastam com a incidência solar. Reduz a transmissão infravermelha em até 90% em comparação com o vidro laminado convencional mesmo aproveitando ao máximo a iluminação natural, já que sua transparência pode variar de 10% (visão M) a 30% (visão XL), o que normalmente é mais que suficiente para obter uma boa iluminação.
 

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