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Arquitetura e Vidro

Sede do IMS na Paulista destaca fachada de vidro e será inaugurada em 2017

Instituto Moreira Salles terá interação por meio do vidro com o público que passa pela rua

08/11/2016

Um novo museu está prestes a ser inaugurado em São Paulo. Trata-se da nova sede do Instituto Moreira Salles (IMS) que está localizada no coração de São Paulo, na avenida Paulista. A previsão de abertura é em 2017, mas a obra já chama a atenção pela sua fachada de vidro em toda extensão.

O projeto foi desenhado pelo escritório de arquitetura Andrade e Morettin e com acompanhamento da empresa norte-americana de consultoria Front. A espacialidade do museu é dada e percebida sobretudo a partir dos vazios do edifício, que são os espaços de circulação e encontro que se espalham entre os volumes de programa e a fachada do edifício.

 

 

O conceito do projeto foi viabilizado pela transformação da pele dupla em uma única camada de vedação, com desempenho acústico e térmico compatível com o imaginado inicialmente. O vidro especificado é o duplo laminado insulado, com composição do tipo extra clear - o baixo índice de ferro reduz o tom esverdeado -, e mudaram significativamente as proporções da fachada.

Em corte, a cada altura dos pavimentos corresponderão dois painéis de vidro, um sobre o outro, colados entre si e fixados - a face superior de um e a inferior do outro - na estrutura metálica principal da fachada. Além disso, para minimizar ao máximo os caixilhos, montantes verticais de vidro e cabos de aço foram incorporados ao projeto.

A materialidade da fachada – feita com um vidro translúcido autoportante – confere uma qualidade de luz que corresponde exatamente ao que foi pretendido desde o início do projeto. O uso do vidro translúscido como segunda pele faz com que o museu seja percebido como um volume bem definido, íntegro, com a força necessária para estabelecer o seu lugar em meio aos vizinhos e aos demais edifícios da Av. Paulista. Por outro lado, as suas propriedades de luz e de translucidez criam para o edifício um segundo registro, que é mutável em função da natureza do ambiente e da posição do observador. Como resultado, o interior do museu se manifesta sutilmente no espaço urbano.

 

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