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Revolução no Processamento do Vidro

A GR Gusmão foi pioneira no desenvolvimento do mercado de máquinas para a indústria de transformação do material no Brasil

05/07/2018

A GR Gusmão foi pioneira no desenvolvimento do mercado de máquinas para a indústria de transformação do material no Brasil

A GR Gusmão participou passo a passo do desenvolvimento e crescimento da indústria de transformação do vidro. Yveraldo Gusmão, cerca de 40 anos atrás, atuava como vendedor na fábrica de vidros Pilkington, do Grupo Blindex, e percebeu uma necessidade em vidraceiros e temperadores: a carência de máquinas para vidro. Para preencher esta lacuna, há três décadas decidiu trazer as melhores máquinas, equipamentos e acessórios para o Brasil, e hoje representa diversas marcas, como Macotec, Schiatti Angelo, MoreMoreschi, Fenzi, Bohle, Triulzi e TecGlass. 

Gusmão foi para a Europa visitar as feiras Glasstec, na Alemanha, e Vitrum, na Itália, para conhecer o que havia de mais moderno em equipamentos para o beneficiamento do vidro e trazer essas novidades para o Brasil. “Visualizamos um mercado importante. Havia realmente uma demanda não atendida e, como o segmento do vidro brasileiro ainda não tinha acesso a estas máquinas, nosso trabalho foi tomando uma grande proporção e a empresa crescendo. Tivemos um crescimento interessante e percebemos a necessidade de insumos também para abastecer o setor”.

O empresário passou a ir frequentemente para o exterior com o objetivo de comprar essas máquinas e trazê-las para o Brasil. Foi um caminho traçado com muita dedicação, batendo de porta em porta, um trabalho de “formiguinha”, como descreve. E foi assim que Yveraldo Gusmão criou um novo mercado no Brasil. O pioneirismo e crescimento da empresa despertou concorrentes e ampliou o setor de máquinas para vidro no país, que hoje não perde para nenhum outro quando o assunto é tecnologia. “Hoje já podemos afirmar que o Brasil está com nível alto no beneficiamento e transformação do vidro, importando maquinários de alta tecnologia e automação. Temos um segmento de transformadores de vidro tão equipado quanto os mercados vidreiros dos países mais desenvolvidos”.
 


Mais de 600 produtos
 

As primeiras máquinas trazidas foram as de lapidação, seguidas de acessórios de corte, como esquadro e cortador, e as mesas automáticas e retilíneas. Trouxeram também os primeiros equipamentos de armazenamento e movimentação de vidro. Assim foi crescendo o portfólio e a gama de clientes. O mercado pedia e a GR Gusmão procurava em marcas do exterior, principalmente da Europa, sempre buscando uma grande variedade de produtos para superar as dificuldades dos clientes para trabalhar com o vidro. Em apenas cinco anos a empresa já tinha mais de 600 itens correlatos em estoque. Nestes 30 anos de atuação, a empresa manteve seu crescimento e apresenta um incremento de 5 a 10% anualmente.

Hoje a tecnologia também é mais acessível aos compradores pela quantidade comercializada. No início deste processo o custo era alto pela pequena oferta. Atualmente este é um mercado aquecido, que vem crescendo na contramão da crise. Porém, o que impede destes valores serem mais viáveis é carga tributária incidida nos produtos, que chega de 40 a 50% do valor final.

Forno de Laminação com EVA da Laminarts


Máquina para pintura digital e serigrafia da Tec Glass

 

“Hoje podemos considerar que as mais simples operações artesanais no vidro estão sendo automatizadas. Do armazenamento ao corte o operador não mexe no vidro, só na retirada”


Automação da indústria


Todos os anos Gusmão continua visitando as feiras do setor vidreiro, como China Glass, Vitrum e Glasstec para acompanhar a evolução do mercado, trazer para o Brasil em primeira mão as novidades e participar ativamente a cada dia do crescimento do ramo, contribuindo para a automação do segmento vidreiro. “Todo ano é apresentado um leque de novos equipamentos com cada vez mais automação, uma tendência no mercado de não precisar de mão de obra. Do armazenamento ao corte o operador não mexe no vidro, só na retirada. Hoje podemos considerar que as mais simples operações artesanais no vidro estão sendo automatizadas e, fazendo uma retrospectiva do meu início até hoje, é como sair da roda de madeira e chegar a uma Ferrari”.

 

Máquina para pintura digital e serigrafia da Tec Glass

Lapidadora Copo Retilínea da Schiatti Angelo


Glass South America


Nesta longa trajetória percorrendo feiras do setor no mundo todo, Yveraldo Gusmão teve um insight de que o Brasil tinha potencial para uma feira de negócios em torno do mercado vidreiro. Foi assim que decidiu participar ativamente para trazer para o Brasil a Glass South America, na qual a empresa esteve presente em todas as edições. “A feira recebeu meu empenho no início e tenho orgulho dessa participação importante em sua criação, juntamente com meus parceiros que acreditaram na minha visão e trouxeram seus estandes. Hoje a Glass South America é a terceira maior feira de vidro no mundo, atrás apenas da Glasstec e da Vitrum”, avalia.

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