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Renovação e inovação

Troca de comando e lançamento de novos produtos marcam início de 2015 para a Cebrace

30/06/2016

Vidros de proteção solar da família Cool Lite no Edifício Rochaverá, em São Paulo, contribuíram para obtenção da certificação Leed

Portfólio ampliado, diversificação da produção e mudança na direção. Assim começa o ano de 2015 para a Cebrace. O ciclo de novidades foi iniciado no final do ano passado, quando a fabricante de vidros planos anunciou a saída do diretor executivo Renato Holzheim, que por oito anos ocupou o cargo como representante do grupo Saint-Gobain na empresa, ao lado de Leopoldo Castiella, representando a Pilkington. Em janeiro, Holzheim passou o bastão para o executivo Reinaldo Valu, diretor financeiro da Cebrace entre 2009 e 2012. “Ele conhece bem o negócio, está totalmente alinhado com nossa filosofia e certamente vai garantir uma transição tranquila”, afirmou Holzheim.


No mesmo período, a fabricante anunciou ter iniciado a produção interna dos vidros extra clear Diamant, e é nesse contexto de transição que a empresa agrega uma série de novidades à sua linha de produtos de controle solar, representada pela família Cool Lite. “Iniciamos o ano com uma série de novidades e fizemos as primeiras entregas de vidros Diamant em dimensões jumbo”, afirma o gerente de marketing da empresa, Carlos Henrique Mattar. “Daqui para frente o plano é trabalhar intensamente esses produtos no mercado, apresentando seus benefícios, enquanto projetamos futuros investimentos”, diz o gerente. 
Os primeiros lotes dos vidros Diamant fabricados em território nacional foram entregues no final de novembro, e a perspectiva é de uma produção cada vez mais intensa, uma vez que, na avaliação de Mattar, a demanda só deve aumentar. “O extra clear é um vidro muito procurado para aplicações na construção civil, em fachadas de obras comerciais e também na decoração, em situações que requerem mais transparência”, comenta. “Embora apresente crescente demanda no Brasil, ainda é pouco se compararmos aos países do Hemisfério Norte. Há muitas possibilidades a serem exploradas, especialmente na decoração de interiores, em estantes, tampos de mesa e escadas, por exemplo, e mesmo como revestimento.”


Fabricado com menos óxido de ferro, elemento responsável pela coloração esverdeada nas bordas dos vidros, o produto é mais transparente que os vidros comuns e ideal para aplicações que requerem máxima visibilidade e nitidez. Na construção civil, tem sido muito empregado em passarelas e observatórios. Até o final de 2014, o produto era importado das matrizes da joint-venture na Europa. “Somos os primeiros a fabricar esse produto na América do Sul”, diz Mattar. “Trata-se de um marco que amplia o consumo e o conhecimento acerca do vidro no mercado brasileiro tanto para consumidores finais quanto para profissionais do setor.”
Segundo o gerente, a possibilidade de internalizar a produção do Diamant é resultado de importantes investimentos em tecnologia, que permitiram trazer ao Brasil um produto de qualidade e uso internacional. “Antes de iniciar a produção, realizamos um estudo de disponibilidade da matéria-prima. Como se sabe, os vidros extra clear são feitos com baixo teor de ferro e sua fabricação requer uma regulação rigorosa da temperatura do forno. Para isso, houve uma cuidadosa adequação da tecnologia existente.”

 


O gerente afirma que a fabricação do produto nas unidades da Cebrace no Brasil trará mais versatilidade ao material, que passa a estar disponível em diferentes espessuras (4,6, 8 e 10 mm e em diferentes dimensões (3,21 x 2,20, 3,21 x 2,40 e também em chapas jumbo -- 3,21 x 6m)). Segundo ele, a novidade beneficiará toda a cadeia vidreira. “Distribuidoras e vidraçarias terão uma reposição mais rápida e poderão optar pelo vidro ‘invisível’ nos mais variados projetos que exijam o máximo de transparência”, diz Mattar. “Além disso, como estamos fabricando o Diamant em grandes dimensões, um dos maiores benefícios para processadores será o maior aproveitamento da chapa. Já para arquitetos, a vantagem está na possibilidade de projetos mais ousados, propiciando novas aplicações para o produto.”

 

Bola da vez

 

Outra categoria já há algum tempo considerada prioritária para a Cebrace e que em 2015 deve ganhar ainda mais atenção é a dos vidros de controle solar da família Cool Lite. “A demanda por esses vidros tem aumentado no Brasil, sobretudo em virtude de nosso clima”, comenta Mattar. “Além disso, a velocidade de montagem e de entrega do vidro e sua estética diferenciada favorecem muito a aplicação em fachadas, em substituição à alvenaria, por exemplo.”
“A linha Cool Lite está no mercado brasileiro desde 1996, e hoje já são mais de 9 milhões de m2 instalados em todo o País e em vários continentes”, frisa Mattar. “Há uma preocupação com projetos sustentáveis, nos quais os vidros de proteção solar são peças-chave”.


Em sintonia com essa mudança, os investimentos da Cebrace em tecnologias voltadas para o conforto térmico e economia de energia são cada vez maiores. As novidades para 2015 incluem o Cool Lite KS, desenvolvido para atender as necessidades do clima brasileiro e acrescentar uma nova estética à linha K. Segundo Mattar, “a Cebrace ainda não tinha um vidro de alta seletividade refletivo (com aspecto espelhado). O vidro KS oferece uma opção na cor prata, com reflexão mais sofisticada, menos opaca e mais translúcida, e com desempenho superior ao de outros vidros refletivos”, afirma.


Outro lançamento da linha K é o Cool Lite KBT. O diferencial desse produto está na estética: o vidro azul neutro (transparente) ainda não estava disponível entre os de alta seletividade. A exemplo dos demais da linha, proporciona proteção contra raios UV, redução do calor, economia de energia, variedade de transmissão luminosa, tonalidades, espessuras e aplicação. 
Com as novas versões, a linha Cool Lite passa a ser dividida em três categorias: KS, K e S. De acordo com Remy Dufrayer, gerente de desenvolvimento de mercado, “essa divisão foi uma forma de classificar os vidros por desempenho e similaridade, facilitando a identificação e a escolha do produto adequado para os diferentes tipos de projetos”, afirma.

 


Segundo o gerente, a linha KS contempla os vidros de proteção solar superseletivos, ou seja, que proporcionam ampla entrada de luz e filtram o calor. “Já na linha K estão reunidos os vidros de proteção solar seletivos, que permitem equilíbrio entre entrada de luz e calor. A linha S, por sua vez, agrupa os vidros de proteção solar mais vendidos no Brasil, responsáveis por reduzir o calor e barrar os raios UV.”


Dufrayer explica que o índice de seletividade faz referência à quantidade de luz que um vidro permite passar em relação à quantidade de calor. Quanto maior o índice de seletividade, maior sua eficiência. “Se um vidro tiver índice de seletividade 1, significa que permite a passagem da luz e do calor na mesma proporção. Se o índice for 2, ele permite passar duas vezes mais luz em relação ao calor, e isso é  o que os arquitetos procuram: ambientes claros e confortáveis termicamente. Os produtos da linha K e SK têm índice de seletividade acima de 1, podendo chegar a dois.”

 

Em janeiro, o executivo Reinaldo Valu assumiu o cargo de diretor no lugar de Renato Holzeim, representando o Grupo Saint-Gobain

 

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