Reforma em colégio de SP, tem vidro como destaque

Reforma em colégio de SP, tem vidro como destaque

Capa: Reforma em colégio de SP, tem vidro como destaque

 

É quase impossível passar pelo quarteirão da Avenida Paulista com a Rua Haddock Lobo, em São Paulo, e não parar para contemplar o novo Ginásio do Colégio São Luís, majestosamente erguido sobre a estrutura metálica. Através das grandes aberturas em vidro, o projeto arquitetônico propicia uma nova forma de interação entre a cidade e os estudantes, que a partir de agora tirarão proveito de um complexo multiuso, com infraestrutura para realização de eventos esportivos e outros espetáculos, devido à arquibancada retrátil.

 

 

Para alcançar tal resultado, os arquitetos Alexandre Liba e Alberto Barbour, do escritório URDI Arquitetura, passaram 12 anos desenvolvendo um plano diretor, que englobava a revitalização de todo o programa do colégio, cujo prédio existia desde os anos 40.

 

 

“A construção como um todo sofria com a ausência de áreas verdes. Nós brincávamos que o antigo Ginásio do Colégio São Luís parecia um bunker, pois era completamente fechado, sem literalmente nenhuma janela”, comentam Liba e Barbour em relação a algumas demandas que o novo projeto precisava atender.

 

 

 

 

Por apresentar especificações térmicas, o vidro Low-E foi desenvolvido para o Ginásio do Colégio São Luís através de um estudo de insolação, que determinou a ventilação cruzada ao empregar chapas metálicas perfuradas de um lado e brises do outro. “Essa troca de ar é constante e permanente, em função desses elementos e das árvores, mas também devido ao filtro de radiação que esse tipo de vidro oferece”, conta Barbour.

 

 

 

 

O vidro Low-E também possui propriedades que asseguram o conforto acústico do projeto, assunto importantíssimo quando se trata de uma edificação adepta aos eventos esportivos, apresentações teatrais e musicais. Com a aplicação desse material, elimina-se um efeito comum dentro de ginásios que é reverberação do som, e isola-se o prédio em si. “Fizemos um ‘corredor polonês’, com tratamento de juntas de vidro e outros tratamentos de absorção, então o máximo que se escuta são as crianças jogando bola lá em cima”, comenta Barbour.

 

Segundo o arquiteto, a forma do prédio é alimentada pelo material e pelo sistema construtivo que foram definidos.

 

Fonte: Galeria da Arquitetura