Luzes marinhas

Luzes marinhas

Capa: Luzes marinhas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Magistralmente retratadas nas telas pelo diretor Peter Jackson – na trilogia Senhor do Anéis e, mais recentemente, em impecáveis imagens tridimensionais da superprodução O Hobbit –, as belezas naturais da Nova Zelândia reúnem algumas das mais belas paisagens do mundo. O país insular localizado no sudoeste do Oceano Pacífico é formado por duas massas de terra, a Ilha Norte e a Ilha Sul, além de inúmeras pequenas ilhas ao redor. Sua capital, Wellington, situa-se entre as ilhas principais, no extremo sul da Ilha Norte, é cercada por colinas verdejantes e margeada por um extenso porto natural, o Wellington Harbor.

                                                      

 

   Cravada entre jardins botânicos e a costa de Wellington, a residência Seaview impõe-se como uma construção de contornos peculiares, destacando-se em meio às casas vizinhas por seus formatos nada convencionais e uma linguagem arquitetônica própria, além da forma inovadora com que permite contemplar, de diferentes perspectivas e por cima das árvores, o horizonte de águas marinhas e a silhueta de montanhas que caracterizam o Wellington Harbor. Segundo o arquiteto Gerald Parsonson, autor do projeto e diretor do escritório local Parsonson Architects, o conceito da residência foi integralmente pautado de modo a estabelecer uma forte conexão com o mar. “A brisa oceânica sopra a todo momento, de cima a baixo, por meio de diferentes aberturas. E a vista é valorizada em cada cômodo por meio de generosas portas e fechamentos envidraçados”, comenta o arquiteto.

   Orientada a partir de duas áreas externas principais, uma a leste e outra a oeste, a casa recebe, tanto de manhã quanto à tarde, generosa incidência de luz solar direta, que se irradia por todos os ambientes internos através do vidro. Os quartos e áreas de convivência se espalham em diferentes níveis e são integrados de formas variadas. “Em comum, todos eles privilegiam uma interação direta com a paisagem por meio do vidro, além de receberem luz durante a maior parte do dia”, diz Parsonson.

                                                   

 

   Vidro, madeira e ferro predominam entre os materiais empregados e se relacionam em geometrias e espaços de características variadas, que se encaixam e interagem de  maneiras também diversas. “Dois jogos principais determinam a estrutura da casa”, descreve Parsonson. “Seções externas definidas por coberturas de ferro onduladas e inclinadas emolduram a casa, encaixando-se no envelope do edifício e estabelecendo uma interação com as construções ao redor. Placas de madeira ligeiramente moldadas, posicionadas entre as coberturas inclinadas, abrigam a garagem, os quartos e a piscina.”

   A fachada da casa é toda envelopada com vidro, dando a sensação aos moradores de que estão flutuando sobre a paisagem. “A interação e o jogo geométrico que se estabelece entre os materiais promove níveis diferentes de iluminação em cada ambiente”, diz o arquiteto. “As fachadas de vidro são voltadas para o leste, oferecendo vistas deslumbrantes e banhando a casa inteira com o sol da manhã em diversos ambientes, verticalmente posicionados lado a lado, mantendo um certo senso de separação.” Coberta e climatizada, a área da piscina conta com extensas portas de vidro deslizantes, com sistemas de esquadrias com tecnologia Thermal Break de isolamento térmico, para minimizar a condensação.

 

                                                   

   Segundo o arquiteto, os mais de 150 m² de vidro usados no projeto são de tipos variados, porém todos compõem unidades insuladas, compostas por dupla camada de vidro intercalada com gás argônio, para garantir alto desempenho térmico. As composições combinam vidros float comuns, temperados e laminados, todos transparentes, e foram fornecidas pela empresa neozelandesa Metro Glasstech, especializada em envidraçamento com vidros duplos.

                                                    

 

   Para a instalação das peças maiores e mais pesadas nas esquadrias de alumínio foram usados equipamentos de transporte a vácuo, enquanto as unidades menores foram pré-montadas e chegaram prontas à obra. O fornecimento das esquadrias que suportam os fechamentos ficou a cargo da Fletcher Aluminium, empresa neozelandesa que atua no desenvolvimento e fabricação de produtos e sistemas de alumínio extrudado para diversos segmentos industriais. Tanto as portas deslizantes de vidro como as janelas presentes em todos os ambientes da casa são compostas por esquadrias especiais de alumínio, fornecidas pela empresa especializada High Performance Windows, com sistema Thermal Heart, que apresenta alta eficiência térmica, reduzindo drasticamente os níveis de transferência de frio e calor.

 

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