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Papo Direto

Integração em cadeia

Alexandre Pestana

31/07/2016

Entrevista com Alexandre Pestana, presidente da Abravidro

Os laços que unem o executivo Alexandre Pestana ao mundo do vidro remetem a uma história familiar de mais de cem anos. Filho, neto e bisneto de profissionais ligados ao setor, o atual presidente da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro) aprendeu a gostar do vidro desde os 15 anos, quando en- saiou seus primeiros passos no ramo que nunca mais largou. Diretor-comercial e administrativo da Pestana Vidros, indústria processadora localizada em Belo Horizonte, Pestana preside há dois anos a entidade vidreira, na qual já atua como diretor desde 2002. Graduado em administração de empresas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também foi presidente da Associação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dos Beneficiadores do Vidro (Amvid) por mais de dez anos. Em entrevista a Vidro Impresso, o executivo expõe suas impressões sobre os rumos do setor vidreiro no Brasil, avalia o papel da entidade na integração dos elos da cadeia produtiva e reforça a importância de investimentos em projetos de educação para o vidro, com mensagens específicas para cada público, como a forma mais eficaz de levar o consumo do material a patamares mais elevados no País.

 

Como descreve sua relação com o setor vidreiro?

 

O vidro está presente em minha família há mais de cem anos. Meu bisavô, de Juiz de Fora, já trabalhava com o material. Meus avós, pais e a atual geração – eu, meu irmão e primos– continua- mos na atividade. Nossa empresa tem gestão familiar: meu pai é o diretor-geral, minha mãe é a responsável pela área financeira e meu irmão é o diretor--industrial. Meu pai sempre acreditou na representatividade e no associativismo, repetia que a união entre os pares permite construir um mercado melhor. Já cresci profissionalmente nesse conceito. Antes de assumir a presidência da Abravidro, ganhei experiência na Associação Mineira do Comércio Atacadista, Varejista e dos Beneficiadores do Vidro (Amvid), em que fui presidente por dois mandatos. Cheguei à entidade nacional pelas mãos de Gilberto Ribeiro, nosso atual vice-presidente.

 

Em comparação com o resto do mundo, ainda há muito concreto no Brasil? Por que o vidro plano é mais explorado fora do Brasil do que aqui?

 

Não sei se há muito concreto, mas tenho certeza de que há espaço para mais vidro. Em alguns países do exterior, há enorme capacidade produtiva, facilidade de acesso aos produtos de valor agregado e, principalmente, percepção do consumidor quanto aos benefícios que o vidro pode trazer. Nosso produto é menos explorado no Brasil por muitas razões, entre elas, aspectos culturais, econômicos e regulatórios. O trabalho da Abravidro visa alterar esse cenário, buscando romper resistências e apresentando as características do vidro aos mais diversos públicos.

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