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Durante encontro de comemoração dos 60 anos da Soprano, palestrante alerta para cenário desfavorável em 2015

Economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, acredita em aumento do desemprego e da inflação. Para ele, ajustes do novo governo da presidente Dilma serão sentidos somente a partir de 2016

18/11/2014

O economista-chefe da Votorantim Corretora prevê cenário econômico desfavorável em 2015 Foto Júlio Soares/Divulgação CIC

“2015 será um ano difícil, vai ser um ano de reajustes. Não vai ser uma mudança rápida e sim lenta. Diferentemente da Argentina, Brasil caminha lentamente, mas para a direção certa. A retomada vem em 2016.” A análise é do economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, palestrante da reunião-almoço desta segunda-feira (10), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, que comemorou os 60 anos da Soprano. O ex-assessor do Ministério da Fazenda durante o Plano Real fez projeções sobre o cenário econômico do País no próximo governo da presidente Dilma Rousseff.

 

Padovani destacou que com as eleições apertadas o governo deve sofrer uma pressão inédita do ponto de vista político e econômico. Para ele, não resta alternativa à presidente Dilma senão melhorar a economia e mudar os sentimentos de desconfiança e descrença do empresariado a respeito do governo. “Para o próximo ano o cenário é de confiança muito baixa, inflação muito alta, dólar e desemprego subindo, crédito travado, consumo em desaceleração e baixos investimentos”, disse.

 

O economista explicou que a carga tributária pesada, os custos altos e a economia esfriando fizeram com que a classe empresarial se retraísse e se tornasse pessimista, cortando custos e investimentos, o que despertou na população o medo do desemprego e, consequentemente, a retração do consumo. “O fato é que o País chegou ao limite. Como reverter esse cenário? Baixando a inflação, diminuindo a carga tributária, melhorando a infraestrutura e elevando a produtividade da mão de obra. Nenhum governo se mantém no poder sem apoio do empresariado e da classe média. E quando a economia vai mal, o governo também vai mal”, definiu.

 

Em seu recado final, Padovani pediu cautela e otimismo e sugeriu parceria entre empresários e funcionários para a manutenção dos empregos. “Não comprem um pessimismo exagerado”, finalizou.

 

60 anos da Soprano

 

Com cinco plantas industriais (três em Farroupilha – incluindo a matriz, Caxias do Sul e Campo Grande – MS), quatro Centros de Distribuição no país e no exterior, presente no mercado de 16 países e mais de 1, 3 mil profissionais, a farroupilhense Soprano comemorou 60 anos de existência na reunião-almoço da CIC de Caxias. O diretor-executivo da Soprano, Gustavo Miotti, recebeu, em nome da empresa, homenagens da CIC e do Sindicato das Indústrias Plásticas do Nordeste Gaúcho (Simplás), por meio de placa entregue por seus presidentes, Carlos Heinen, e Jaime Lorandi, respectivamente.

 

Heinen parabenizou a empresa que aparece no ranking do levantamento “500 Maiores do Sul - Grandes&Líderes”, realizado pela AMANHÃ e PwC, na 197ª posição, além de ocupar o 9º lugar entre as principais companhias gaúchas levando em conta o índice Liquidez. “A CIC sente-se honrada de comemorar esse marco e queremos lembrar com saudades nesse dia a figura sempre estimada do fundador e amigo desta Casa Adelino Miotti”, evidenciou.

 

Em pronunciamento, Miotti referenciou a história da Soprano e explicou que a empresa atua em quatro unidades de negócio diferentes – Divisão Utilidades, Divisão de Materiais Elétricos, Divisão da Construção Civil e Divisão Hidráulica. “A capacidade de se reinventar está no nosso DNA. E esse é o segredo das empresas de sucesso do Brasil”, resumiu.

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